Outras 6 produções nacionais que sofreram censura de Bolsonaro

Nesta terça, uma notícia bombardeou a internet. O Governo Bolsonaro, através da Agência Nacional do Cinema – ANCINE, censurou o filme de comédia “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola“, roteirizado por Danilo Gentili e protagonizado por Fábio Porchat. Entretanto, este não é o primeiro caso nesta gestão. Abaixo, confira outros 6 filmes que sofreram censura no Governo Bolsonaro.

Desde 2019, o governo vem intensificando a censura. Primeiramente, o Ministério da Cultura foi rebaixado para secretaria. Logo após, a Lei Rouanet, que viabilizava financeiramente projetos culturais, sofreu um corte de verbas de 98%, além de mudar o nome para “Lei de Incentivo à Cultura”. Para além disso, o governo vem “encrencando” com alguns filmes, muitas vezes indevidamente, como no caso do filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola.

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6 produções nacionais que sofreram censura de Bolsonaro

1. Marighella

2019 ‧ Drama/Ação ‧ 2h 35m

Primeiramente temos esse grande filme, dirigido por Wagner Moura, o filme Marighella, que conta a história de Carlos Marighella, guerrilheiro que lutou contra a Ditadura Militar, foi censurado pelo Governo Bolsonaro em 2018. Era previsto que o longa estreasse nos cinemas do Brasil em 20 de novembro, dia da Consciência Negra. Entretanto, a Ancine recusou dois recursos da produtora Globo.

O próprio diretor, Wagner Moura, disse que essa recusa configurou o ato de censura. De acordo com ele, “Eu não gosto de falar do Marighella como um caso isolado. Todo o universo da cultura, no Brasil, está basicamente destruído. A Ancine está destruída. Acabada. Game over. E esse é o jeito que eles fazem hoje: a censura não é como a da ditadura militar, que dizia ‘isso é proibido”.

DISPONÍVEL NO GLOBOPLAY.

2. A Vida Invisível

2019 ‧ Drama/Romance ‧ 2h 19m

Em segundo lugar, outro filme censurado pelo governo foi A Vida Invisível, estrelado pela grande atriz Fernanda Montenegro, além de contar no elenco com Carol Duarte, Julia Stockler e Gregório Duvivier. O longa foi proibido de ser exibido para os funcionários da ANCINE em um evento de capacitação. Isso porque o filme conta a história de duas irmãs que são cruelmente separadas em 1950, no Rio de Janeiro, para impedi-las de realizarem juntas o seu sonho. O motivo é que a sociedade machista da época não aceita suas ambições.

DISPONÍVEL NO GLOBOPLAY E TELECINE.

3. Afronte

2017 ‧ Ficção/Curta-metragem ‧ 16 min

Em terceiro lugar, nesta trama, ficção e documentário se cruzam para mostrar o processo de transformação e empoderamento de Victor Hugo, um jovem negro e gay, morador da periferia do Distrito Federal. Seu relato se mistura aos depoimentos de outros jovens, cujas histórias revelam diferentes formas de resistência, encontradas em discursos de valorização do negro gay.

Os produtores do curta desejavam fazer uma série derivada do filme. Entretanto, o Governo Federal negou o pedido de patrocínio, solicitado no edital na categoria “Diversidade de Gênero”, em 2018. “Mais um filme que foi para o saco”, disse Bolsonaro sobre a censura.

4. Transversais

2022 ‧ Drama/Documentário ‧ 1h 29min

Em Transversais, cinco pessoas, uma professora, uma funcionária pública, um paramédico, um pesquisador e uma jornalista, apesar de muito diferentes, tem algo em comum: a transexualidade. A produção do filme queria uma continuação, e para isso, inscreveu a ideia no edital na categoria “Diversidade de Gênero”, em 2018. Entretanto, o governo também censurou o projeto. Bolsonaro disse “conseguimos abortar essa missão”, sobre a censura.

DISPONÍVEL NA NETFLIX.

5. Religare Queer

Por fim, outro projeto que também foi censurado em 2018, pelo menos edital dos outros três, foi Religare Queer. Neste filme, dirigido por Claudia Priscilla e com a consultoria da Laerte Coutinho, é discutida a religiosidade no universo LGBTs. De acordo com o roteirista do filme, “a gente foi chamado de pornografia pelo presidente, o que é uma coisa absurda, porque esse projeto beira à delicadeza e o lirismo”.

DISPONÍVEL NO YOUTUBE.

6. O Sexo Reverso

Idealizado pela antropóloga Bárbara Arisi, o projeto O Sexo Reverso também foi censurado. Isso porque deixou de receber financiamento da ANCINE. Ademais, a trama trata as práticas sexuais dos brancos, sob a perpectiva dos indígenas da tribo dos Matis, no Amazonas. De acordo com o presidente, “é um dinheiro jogado fora. Não tem cabimento fazer um filme com esse tema.”

Enfim, o que você acha desse tipo de censura?

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