Paixão Sufocante é baseado em uma história real?

Paixão Sufocante, novo filme francês da Netflix, apresenta uma trama realmente baseada em uma história real? Descubra.

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

Uma nova produção francesa da Netflix vem chamando a atenção dos assinantes. Com cenas bastante sensuais, Paixão Sufocante acompanha Roxana Aubrey, uma jovem que decide abandonar os estudos, bem como a vida em Paris. Ao se mudar para o sul da França, inicia um curso de mergulho livre e logo se vê submersa nesse universo. Além disso, acaba se apaixonando pelo professor, o campeão mundial de mergulho livre, Pascal Gauthier.

Incentivada por ele, passa a competir e bater recordes até então impossíveis. Mas seu sucesso passa a incomodar Pascal, que revela um lado agressivo, até então desconhecido para Roxana. Tudo fica ainda mais complicado quando o mergulhador, após se machucar, pede para que ela nade por ele em uma competição. Paixão Sufocante se baseia em uma história real? Descubra.

Trailer de Paixão Sufocante

Paixão Sufocante se baseia em uma história real?

Sim! O filme é baseado é baseado em uma história real. Dirigido e escrito por David Rosenthal, Paixão Sufocante é inspirado na vida da mergulhadora francesa e recordista mundial, Audrey Mestre. Adepta aos esportes aquáticos desde os 13 anos, não conseguiu a certificação, já que a lei só permitia a partir dos 16.

Ao contrário do filme, Audrey se mudou para a Cidade do México, ainda na adolescência. Já em La Paz passou a estudar biologia marinha. Em 1996, conheceu o renomado mergulhador livre de Cuba, Francisco Pipín Ferreras. Logo começaram a namorar, se mudaram para Miami e ele passou a treiná-la. Passados três anos, se casaram e Audrey bateu o recorde mundial feminino de mergulho livre a uma profundidade de 125 metros.

Em 2002, decidiu quebrar o recorde mundial de mergulho livre sem limites estabelecido por Tanya Streeter, que mergulhou a uma profundidade de 160 metros. Mas, em 12 de outubro de 2002, dia da prova, Audrey decidiu que iria mais fundo do que praticou. Logo depois, que atingiu a profundidade desejada, abriu a válvula do tanque de ar, que supostamente a levaria para superfície, mas ele estava vazio. O mergulho de três minutos, acabou passando para oito minutos e trinta segundos. Ainda assim, Francisco tentou ajudar, mas a mergulhadora foi declarada morta no hospital. A organização do evento foi criticada por supostamente não seguir as orientações de segurança.

A morte de Audrey foi uma fatalidade ou premeditada?

As tentativas de Francisco de ressuscitar a esposa, ainda debaixo d’água, supostamente também contribuiu para a demora no atendimento. Além disso, supostamente ele era o responsável por carregar o tanque de ar de Audrey, que também não permitiu que outra pessoa ninguém verificasse. Assim sendo, tal atitude levantou algumas desconfianças.

Em 2004, Francisco publicou um livro o The Dive: A Story of Love and Obsession, escrito por Linda Robertson. Nele detalhou sua versão do caso. No entanto, em 2006, a publicação do livro de Carlos Serra A última tentativa: a verdadeira história da campeã de mergulho livre Audrey Mestre e o mistério de sua morte, trouxe uma versão diferente. Serra era amigo da mergulhadora e fez parte da última equipe que a mergulhadora participou.

Em suma, a obra indica que o casal estava para se separar e que Francisco não havia aceitado tal decisão. O autor alega ainda, que o mergulhador contribuiu diretamente para a morte da esposa ao sabotar seu equipamento. Em 2013, a ESPN lançou o documentário No Limits, que fazia parte da série Nine for IX. Embora os detalhes em torno da morte de Audrey tenham sido especulados por muitos, Paixão Sufocante conseguiu demostrar, de alguma maneira, o que a mergulhadora viveu.

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