O que muda com James Gunn a frente do DC Studios?

Ainda em outubro, o The Hollywood Reporter antecipou a negociação entre James Gunn e Warner Bros. Discovery. Poucos dias depois, o diretor de Guardiões da Galáxia foi anunciado como novo copresidente-executivo do DC Studios ao lado de Peter Safran. Assim, a dupla assume o comando das divisões de filmes e animações da DC.

De acordo com THR, Gunn ficará responsável pela parte criativa; Safran, pelas decisões de negócios e produções. Por outro lado, ambos mantém projetos próprios, mas agora reportam de forma direta ao CEO da companhia, David Zaslav. Em um comunicado à mídia, os novos membros do DC Studios assumiram o compromisso de valorizar e representar os personagens da DC.

A notícia surgiu, no dia 25 de outubro, em meio aos problemas da Warner Bros. Discovery em relação aos super-heróis da DC. O estúdio ainda não encontrou uma forma de construir a própria identidade e, ao longo da última década, mudou de estratégia ao menos três vezes. Nos últimos meses, a fusão entre Warner Bros. e Discovery, assim como a ascensão de Zaslav ao cargo de CEO, indicaram mais uma mudança nos rumos da empresa.

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James Gunn não trará impacto imediato

Contudo, os mais empolgados precisarão dosar as expectativas. James Gunn não deverá trazer um impacto imediato para o DC Studios. O diretor vive em meio ao processo de lançamento de Guardiões da Galáxia Vol. 3, pela Marvel, previsto para o dia 5 de maio de 2023.

Em termos de comparação, o trabalho de Gunn deve ser similar ao que Kevin Feige representa para a Disney e para a Marvel. Assim, a presença de James Gunn no DC Studios constrói uma base sólida, mas com visão à longo prazo.

O promissor futuro com James Gunn no DC Studios

Além da estrutura sólida que o DC Studios tanto procura, James Gunn na função de presidente-executivo do estúdio deve significar criatividade ao universo. Durante os anos, a Warner Bros. retratou os heróis da DC de formas distintas. De um lado, The Batman (2022) e Coringa (2019) lideraram histórias adultas. De outro, Shazam! (2019), conduziram as tramas para o público familiar.

Apesar da falta de coesão no universo próprio, a DC representou heterogeneidade às próprias produções. Com Gunn, então, os fãs podem apostar em manutenção. O trabalho do diretor caminha para a valorização dos pontos que os filmes da DC precisam para melhorar. E não, portanto, mexer no que funciona.

James Gunn mostrou criatividade e senso de humor ao longo dos filmes que entregou. Guardiões da Galáxia (2014), por exemplo, moldou muitas das bases que a Marvel utiliza até hoje em termos de humor. Isso sem perder o tom dramático, emocional e intenso.

Além disso, James Gunn irá trabalhar ao lado de Peter Safran no DC Studios, nome forte por trás dos melhores filmes do Universo Estendido da DC (DCEU). Safran comandou, por exemplo, Aquaman (2018) e Shazam!. Ao mesmo tempo, a função de Safran permite que Gunn atue de forma exclusiva para o lado criativo, algo que esbarrou o processo de muitos filmes para o estúdio (Zack Snyder que o diga).

A unificação entre projetos

Por outro lado, as mudanças vão além da nomeação de James Gunn e Peter Safran. O DC Studios, agora, comanda toda a base de produção da Warner Bros. Discovery referente ao universo dos super-heróis. Antes, filmes, séries e animações estavam segmentadas em diferentes partes da empresa. Apesar de garantir boa diversidade, a separação das produções não permitiu que a DC criasse uma marca própria, como a Marvel fez ao longo dos últimos com o Disney+.

Portanto, James Gun e Peter Safran terão um desafio e tanto em mãos. Eles devem estabelecer o universo da DC em termos coesos, algo que não foi feito até hoje. Além disso, a dupla precisa estabilizar as tantas mudanças na empresa, encontrando uma direção e, seja qual for, segui-la a todo o custo.

Por fim, a DC não precisa repetir o sucesso da Marvel com um universo compartilhado. Nos últimos anos, o estúdio entregou boas produções independentes, sem conexão com o DCEU. Mas este, por fim, deve ser o foco do trabalho de James Gunn.

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