Os atores de Hollywood vão se unir à greve dos roteiristas?

Decisão acontecerá após uma rodada de negociação com os estúdios

A greve dos roteiristas de Hollywood pode ganhar o apoio do sindicato dos atores dos Estados Unidos. De acordo com o Deadline, a categoria (SAG-AFTRA) votou de forma unânime para recomendar greve aos membros do sindicato.

A decisão surgiu dias antes das negociações entre a SAG e a Alliance of Motion Picture and Television Producers, organização que representa os estúdios. Dentre as recomendações, os atores pedem salários melhores, ajustes de remuneração em relação ao streaming e legislação adequada para o uso de inteligência artificial.

“Nós devemos nos organizar caso surja a necessidade [da greve]”, disse o sindicato em um comunicado oficial. “A possibilidade de greve não é a primeira opção, mas um último recurso. Como meu pai diz: ‘Melhor ter e não precisar, do que precisar e não ter'”.

Atores podem se unir à greve dos roteiristas

Desde o último dia 2 de maio, milhares de roteiristas de televisão e de cinema entraram em greve por conta do fracasso das negociações entre estúdios e streaming para um aumento do salário. A confirmação surgiu após o anúncio oficial do sindicato da categoria, o Writers Guild of America (WGA).

Por ora, a greve dos roteiristas deve continuar até que todas as partes cheguem a um consenso sobre remuneração maior para o salário mínimo e sobre alguns direitos para os profissionais. De acordo com o WGA, a decisão de optar pela greve geral de roteiristas aconteceu após uma rodada de seis semanas em negociação com as principais empresas.

Ainda não há nenhuma certeza em relação à greve dos atores. As negociações começam a partir do dia 7 de junho. Além disso, a votação não significa greve imediata da categoria. Em suma, foi um mecanismo que a SAG encontrou para permitir a paralisação caso os estúdios não cooperem nas negociações.

Caso decidam juntar-se à greve dos roteiristas, a SAG representa cerca de 160 mil atores. A última greve da categoria aconteceu apenas na década de 1980, durando cerca de 95 dias para negociar contratos sobre TV por assinatura e videocassete.

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