Bolsonarista Sérgio Reis diz que Globo o excluiu do remake de Pantanal

Em entrevista à Folha de S. Paulo, cantor afirma que não foi convidado para viver novamente seu personagem no remake da novela.

Sucesso absoluto, a novela das 21h da Globo de fato conquistou o público. O remake de Pantanal, novela exibida em 1990, igualmente conta com um elenco que mescla nomes consolidados, bem como novos e promissores talentos. Aliás, as atuações vêm encantando até mesmo os atores da primeira versão, incluindo o cantor Sérgio Reis. Mas, ao contrário de outros atores, ele revelou que não foi convidado a viver seu personagem na novela. Para ele, o fato de apoiar o presidente Bolsonaro seria o motivo.

A revelação foi dada durante uma entrevista concedida à Folha de S. São Paulo, em 25 de maio. De maneira idêntica, o cantor foi incisivo ao afirmar que mesmo que tivesse recebido o convite não aceitaria.

“Eu não quero me aliar à Globo, não vou ajudar a Globo em nada”, declarou. E  completou: “Não, não… Nem cogitaram. Eu sou Bolsonaro. Quem é Bolsonaro eles não põem [no elenco]. Entendeu? Aí eu não vou. Não vai acrescentar nada à minha vida. Não quero fazer nada com a Globo”.

Apesar de acusar a emissora de conspirar contra o governo e a campanha eleitoral, do presidente, ainda assim confessa que seu personagem está bem representado pelo ator Guito. “Mas mudaram muito a história. O [Guito, que interpreta] Tibério é por sinal um bom ator, bigodudo, bom para cacete. Eu o vi conversando com José Leôncio (Marcos Palmeira) sentado na mesa. Isso nunca teve, nunca sentei para conversar com ele”, destacou.

Envolvimento com atos antidemocráticos pode ser o motivo por Sérgio Reis não estar no remake de Pantanal

De fato, é importante lembrar que o cantor esteve envolvido nos atos antidemocráticos liderados pelo presidente Jair Bolsonaro, no fatídico 7 de setembro de 2021. Em princípio, um áudio e vídeo que circulavam em grupos de WhatsApp e no Twitter, mostravam o cantor convocando os caminhoneiros para o protesto, que teria como alvo os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Nós vamos parar 72 horas. Se não fizer nada, nas próximas 72 horas, ninguém anda no país, não vai ter nem caminhão para trazer feijão para vocês aqui dentro”, fala dita em uma reunião em Brasília, com representantes do agronegócio. “Nada vai ser igual, nunca foi igual ao que vai acontecer em 7, 8, 9 e 10 de setembro e se eles não obedecerem nosso pedido, eles vão ver como a cobra vai fumar, e ai do caminhoneiro que furar esse bloqueio”, completou o cantor.

Dessa forma, após vir a tona tais conteúdos, Sérgio Reis se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Assim como, igualmente seu nome virou alvo de um inquérito da Polícia Civil do Distrito Federal, por associação a crimes como ameaça, dano e por expor a perigo os meios de transporte público.

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