Disponível na Globo Play, a série Casão – Num Jogo Sem Regras conta com quatro episódios com, em média, 38 minutos cada um. Dessa forma, a produção nacional retrata a história do ex-jogador de futebol e hoje comentarista Walter Casagrande Júnior. Além da trajetória de Casagrande no futebol, a série documental apresenta em paralelo a história do Brasil em cada época. A produção tem criação e direção de Susanna Lira e roteiro de Bruno Passeri e Roberto Passeri.
Depoimentos em Casão – Num Jogo Sem Regras
Primeiramente, depoimentos de figurões da mídia, futebol e outros setores da sociedade também estão previstos. Entre os quais Galvão Bueno, Roberto Rivelino, Serginho Groisman, Baby do Brasil, Branco Mello e Paulo Futre.
A princípio, a proposta da narrativa é apresentar facetas da personalidade do ex-jogador que a maioria desconhece. Acima de tudo, sua intensidade alucinante, além de da alma inquieta, apaixonada e rebelde.
“Fiz muito gol, muita coisa boa e muita merda também”, admite Casagrande já na abertura do documentário.
Os problemas do atleta
De antemão, ressaltamos que a história abrange a infância, episódios familiares difíceis bem como a carreira como jogador. Claro, também se repercute o problema com as drogas, sua amizade com Sócrates, a Democracia Corinthiana e a rebeldia durante a ditadura.
Em suma, um dos testemunhos mais emocionantes da série pertence a Galvão Bueno. O narrador, que foi parceiro de Casão em centenas de transmissões de futebol, abriu detalhes. Sobretudo acerca do período em que o comentarista lutava contra o vício.
“Em uma das overdoses, ele estava sendo levado na maca do hospital. E toca meu telefone, era ele falando no celular escondido. ‘Estão dizendo que meu coração não vai aguentar, que eu vou morrer, mas eu não vou, não. Estou dizendo a você que não vou, não. Estou aqui conversando com meu coração e dizendo para ele que somos parceiros e estamos nessa luta há tanto tempo, não me abandone agora’. Falei: “Ele não vai te abandonar, não. Desliga esse telefone, relaxa, para, nós vamos nos ver já, já”.
Desde já, informamos que o ex-jogador aborda sem barreiras sua luta contra a dependência química. Além disso, revela o prejuízo que o vício em cocaína e heroína causou a suas relações pessoais e profissionais.
“Peitei treinador, dirigente, a ditadura militar, capotei de carro, vi demônios. Enterrei irmãos, quase morri de overdose e agora só quero morrer de amor”, concluiu.
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