O final original de Interestelar era muito mais sombrio

Interestelar, uma obra-prima dirigida por Christopher Nolan, cativou o público com sua narrativa envolvente, abordando os desafios e triunfos da engenhosidade humana. A combinação entre ciência e arte tornou este filme inesquecível, mas o que muitos não sabem é que a conclusão inicialmente concebida para esta epopeia era bem mais sombria.

As Maravilhas e Desafios de Interestelar

O cenário de “Interestelar” é um futuro próximo onde a Terra está à beira da destruição devido à degradação ambiental. A história segue Joseph Cooper (Matthew McConaughey), um ex-astronauta da NASA e seu esforço, junto com uma equipe, para encontrar um novo lar para a humanidade. Este desafio leva-os através de um buraco de minhoca, enfrentando dilemas morais, questões científicas e desafios temporais.

Mas o coração do filme reside na relação entre Cooper e sua filha Murph. Através de reviravoltas, descobrimos traições, sacrifícios e a tentativa desesperada de salvar a humanidade, enquanto a ligação entre pai e filha se mantém como a corda bamba emocional da narrativa.

Um Final Originalmente Sombrio

Jonathan Nolan, co-roteirista e irmão de Christopher Nolan, tinha uma visão inicial diferente para o desfecho da obra. Segundo relatos, o buraco de minhoca que permitiu a viagem interestelar teria colapsado quando Cooper tentasse enviar os dados de volta.

Esse final teria negado ao público a chance de testemunhar as sequências envolvendo o buraco negro, o tesseract e a interação de Cooper com o tempo. Sem essas reviravoltas, a narrativa teria uma tonalidade muito mais sombria. Inclusive, o desfecho poderia ser fatal.

O Significado do Final Proposto

Se Jonathan Nolan tivesse seguido esse final original, muitas especulações surgiriam. Uma possibilidade é que os dados nunca retornariam para Murph, levando à extinção da humanidade. Outra teoria é que apenas Cooper se sacrificaria, morrendo heroicamente para garantir que sua filha e a humanidade sobrevivessem. Ambas as teorias têm implicações pesadas e seriam um afastamento significativo da mensagem de esperança e perseverança que a versão final do filme transmite.

A contribuição do físico teórico Kip Thorne foi vital para criar um retrato científico fiel das viagens espaciais. Originalmente, os fenômenos gravitacionais no quarto de Murph seriam causados pela destruição de uma estrela de nêutrons por um buraco negro. No entanto, Christopher Nolan sentiu que esses conceitos seriam complexos demais, optando por simplificar para melhor conectividade com o público.

Ademais, “Interestelar” é uma obra que inspira, instiga e faz refletir. O final escolhido para o filme celebra o poder do amor, a perseverança e a capacidade humana de superar adversidades. No entanto, ao contemplar o final originalmente proposto, somos lembrados da fragilidade da existência humana e do fino fio entre esperança e desespero. Independentemente da versão, o filme permanece como um testemunho do poder da narrativa e da intersecção entre ciência e arte.

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