ISSO é o que está prejudicando a 3ª temporada de The Witcher

A 3ª temporada de “The Witcher”, apesar de estar se configurando como a melhor da série, ainda se mostra dispersa em alguns momentos. Com a expansão sem precedentes do continente, diversas personagens-chave se confrontam pelo poder enquanto magos rebeldes planejam sua própria ascensão.

Em consequência disso, a temporada se vê diante do desafio de extrair o máximo de cada cena enquanto lida com múltiplas subtramas. Agora, mais do que nunca, a série precisa de um núcleo emocional sólido para manter tudo coeso, tarefa essa que se torna difícil quando o grupo principal é constantemente separado.

A Necessidade de Manter o Grupo Unido

Após a unificação de Geralt de Rívia (Henry Cavill), Yennefer (Anya Chalotra) e Ciri (Freya Allan) no final da segunda temporada, a terceira começa forte, dando tempo para as personagens principais encontrarem seus propósitos juntas. Mesmo sendo personagens interessantes de forma individual, a série se destaca ainda mais quando Geralt e Yennefer exploram seu romance intermitente ou quando se unem para treinar Ciri em combate e magia.

As monstruosidades fantásticas e intrigas políticas do continente só importam se nos preocuparmos com as pessoas presas nesse turbilhão. Para que possamos temer o destino das personagens principais, precisamos ter tempo suficiente para conhecer suas esperanças e sonhos. Sem isso, “The Witcher” ficaria desprovido de propósito, o que reforça o argumento de que a permanência do grupo unido pode resultar em uma narrativa mais forte.

As Dificuldades de Separar o Grupo Principal

Entretanto, antes mesmo que o primeiro episódio termine, a série decide novamente separar seu grupo central. Com as personagens principais separadas, “The Witcher” volta à estrutura de aventura semanal, focando em novos monstros a cada episódio. Infelizmente, a terceira temporada mostra que este formato é a abordagem menos interessante para o universo de “The Witcher”. Até o final do primeiro volume, todas as personagens estão reunidas novamente, tornando a separação anterior inútil.

Além disso, como o grupo é dividido tantas vezes, não sentimos mais o impacto emocional de cada despedida. No entanto, este problema não é exclusivo da terceira temporada. A cronologia confusa da primeira temporada manteve Geralt, Yennefer e Ciri separados durante a maior parte do tempo. Apesar de ter sido emocionante ver mais da dinâmica pai-filha entre Geralt e Ciri na segunda temporada, a série continuou encontrando desculpas para separá-los.

Focando na Unidade Familiar

É fácil entender por que a terceira temporada de “The Witcher” optou por separar a família na maior parte do primeiro volume. Depois que a segunda temporada foi criticada por se afastar do material original, a showrunner Lauren Schmidt-Hissrich confirmou que a série seria mais fiel ao terceiro livro de Sapkowski, “Tempo de Desprezo”.

No entanto, um dos principais atrativos do conceito de família encontrada é que ele mostra como até a pessoa mais solitária do planeta pode encontrar almas semelhantes e mudar seu comportamento tóxico em nome daqueles que ama. A família encontrada em “The Witcher” é o que faz essas personagens mudarem para melhor, tornando-se mais interessantes a cada episódio.

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