Por que a IA é o grande vilão em Missão Impossível 7 – Parte 1?

A ameaça da inteligência artificial (IA) tem sido uma discussão recorrente, infiltrando-se na consciência pública nos últimos anos. Com a ascensão de IAs como Midjourney e ChatGPT, a humanidade se questiona diariamente sobre o futuro da tecnologia. O entretenimento não ficou de fora desse debate, incorporando cada vez mais a temática em suas produções, a mais recente delas sendo o filme Missão Impossível 7 – Parte 1. Steve Weintraub, do Collider, conversou com o diretor Christopher McQuarrie sobre o papel da IA no novo filme de Ethan Hunt.

A Busca por Novos Desafios

Depois do enorme sucesso de Missão: Impossível – Efeito Fallout, McQuarrie e a equipe se perguntavam como elevar o nível ainda mais alto. Foi aí que a tecnologia se mostrou uma alternativa. A ideia de usar a IA como um novo desafio para Ethan Hunt (Tom Cruise) veio à tona.

O diretor recordou que “Conversas muito iniciais, provavelmente as primeiras conversas sobre isso foram em 2018/2019, e estávamos procurando o vilão, a próxima ameaça em Missão. Fizemos ameaças nucleares, ameaças químicas, ameaças biológicas, você fez o Pé de Coelho, e Deus sabe que ameaça era essa. Ao tentar mantê-lo fresco, estávamos olhando para fora, e a grande conversa que tive com Tom [Cruise] muito cedo foi sobre tecnologia, tecnologia da informação e o que, agora, todo mundo está falando é IA.”

Dead Reckoning: Ameaça da IA no Coração da Narrativa

A revolução da IA está em pleno vapor, com notícias constantes explorando a nova tecnologia e suas assustadoras implicações, de deepfakes incrivelmente precisos à perda de empregos. McQuarrie entendeu que a história da IA no Dead Reckoning chegou em um momento perfeito.

Ele comparou a trama a filmes da Guerra Fria que utilizavam os medos de uma guerra mundial e aniquilação nuclear para conectar-se com o público. De acordo com ele, o público atualmente traz consigo a preocupação com a IA, assim como na época da Guerra Fria, o medo de aniquilação nuclear era uma realidade constante.

A Ansiedade da Tecnologia e a Catarse do Cinema

Em Acerto de Contas, Hunt enfrenta uma arma de IA que ameaça a humanidade como um todo. No entanto, a intenção de McQuarrie é que, assim como outros filmes da série Missão: Impossível, a aventura termine com um desfecho positivo. O diretor espera que o filme ajude a liberar a ansiedade coletiva que a tecnologia tem provocado.

Ele explica: “É nisso que o filme se resume. Quando você vai ver Top Gun em 1986, a Guerra Fria era uma coisa muito real. Essa ansiedade era algo que você estava trazendo para ela, e você gostou daquele filme porque aquele filme estava dizendo que tudo ia ficar bem. Você estava mostrando a eles uma saída.”

O Futuro da IA em Missão: Impossível

Mesmo que o filme pareça transmitir ao público a sensação de que tudo ficará bem, McQuarrie provocou que a sequência, Dead Reckoning Parte 2, explorará ainda mais os medos da IA. “Então, sim, estávamos falando de IA, algoritmo e tecnologia da informação desde 2018/2019. Erik Jendresen e eu estamos trabalhando nesta e na Parte Dois há muito tempo, e há coisas muito prescientes na Parte Dois que, se você acha que isso é trippy, vai assustá-lo na Parte Dois.”

Prepare-se para o lançamento de Missão Impossível 7 – Parte 1 nos cinemas em 12 de julho.

VIA

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