Atração do catálogo da Netflix, o filme-documentário O Golpista do Tinder conta a história de um homem que se identificava como um bilionário do ramo de diamantes. Muito bem elaborada e executada, a farsa tinha um só objetivo: aplicar golpes em mulheres que curtiam seu perfil no aplicativo de relacionamentos Tinder.
O malandro inescrupuloso, que se identificava no aplicativo e em suas redes sociais como Simon Leviev, tinha um modus operandi bastante peculiar. Na largada do processo de conquista e convencimento da nova vítima, ele usava os recursos de outra pessoa para consolidar no imaginário da mais recente sua imagem de magnata, de poderoso figurão dos diamantes. Ou seja, ele pagava viagens de primeira classe, jantares em restaurantes finos e passeios, tudo sempre do melhor.
Dias depois, contudo, a conta por tanta “gentileza e generosidade” era entregue. Com uma história estapafúrdia de perseguição por inimigos, alegava ter ficado impedido de acessar suas contas bancárias, bem como seus cartões de crédito.
Convencida de que ele era de fato um bilionário, essa vítima mais recente lhe socorria com suas próprias economias, além do repasse do seu cartão de crédito. A promessa era de ressarcimento breve, mas isto jamais aconteceu. Sem dó nem piedade Simon seguia a vida como se nada tivesse acontecido, deixando a “namorada” com dívidas impagáveis para trás.
Contudo, apesar do imenso dano financeiro e emocional que causou a essas mulheres, o filme mostra que o criminoso foi punido com brandura. Liberado depois de cumprir apenas cinco dos 15 meses de sua condenação, voltou a ter a vida extravagante que tinha antes de ser desmascarado. E, ao que tudo leva a crer, retomou também a prática dos antigos golpes. Já as vítimas, por outro lado, jamais tiveram a justiça que almejaram e perseguiram. E neste post vamos contar como cada uma delas está hoje.
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Golpista do Tinder: Como estão as vítimas do criminoso?
Cecilie Fjellhøy
Norueguesa que se apaixonou perdidamente por Simon, Cecilie Fjellhøy é a primeira vítima mostrada em O Golpista do Tinder. Depois de ter tomado conhecimento de toda a verdade sobre seu príncipe encantado, ela precisou se internar num hospital psiquiátrico para resgatar sua saúde mental.
Segundo as informações de seu perfil no Instagram, Cecille segue residindo em Londres e não recuperou o dinheiro cedido a Simon a título de empréstimo. Pressionada pelos credores, ela se uniu a outras vítimas para criar um financiamento coletivo e, assim, cobrir as dívidas. Nós estamos na torcida para que a ideia traga os resultados esperados.
Pernilla Sjöholm
Apesar de também ter conhecido Simon no Tinder, Pernilla nunca teve um envolvimento romântico com o golpista. Na contramão da maioria das vítimas, a suíça acabou se tornando apenas uma grande amiga. Isso porque, segundo ela, não rolou aquela química que se espera do primeiro encontro.
Porém, Pernilla também aceitou as gentis cortesias do falso bãm-bãm-bãm dos diamantes. Passeios e participações em baladas de luxo custeados pelos cartões de crédito de Cecille. Até que a fonte secou, abrindo vaga para a suíça ser a próxima patrocinadora das extravagâncias do criminoso.
Ela teve um prejuízo de US$ 40 mil dólares. Chegou a ganhar um relógio de Simon como pagamento do dinheiro a ela devido, mas depois acabou descobrindo que era falso. Ao questioná-lo, virou alvo de xingamentos e ameaças do malfeitor.
Hoje ela está, juntamente com suas pares, por trás do projeto de financiamento coletivo. A ideia é levantar o dinheiro necessário para as vítimas quitarem suas dívidas o quanto antes. Pernilla também contribuiu com a divulgação do documentário.
Aylee Charlotte
Apresentada como a derradeira vítima antes da captura do impostor, Aylee Charlotte se transformou na heroína do documentário. Depois de tomar conhecimento dos golpes de Simon, sequer por um instante ela hesitou em agir fria e sorrateiramente para fazê-lo experimentar um pouco do próprio veneno.
Estrategista, Aylee fingiu ter comprado a versão de Simon para justificar a reportagem. E prometeu que faria tudo que estivesse ao seu alcance para ajudá-lo a escapar da polícia. No entanto, como se sabe, tudo não passou de um truque para se manter por perto e descobrir para onde viajaria, para assim acionar a policia.
Lamentavelmente, pouco se sabe sobre Charlotte, pois ela aparentemente não conta com perfil ativo nas redes sociais neste momento. Porém, assim como as demais vítimas, também participa do projeto de financiamento coletivo criado para reparar os danos provocados às vítimas pelo Golpista do Tinder.
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