O cinema de horror está repleto de intrigas sobrenaturais que, às vezes, podem confundir mesmo os espectadores mais astutos. A recente obra-prima de terror, “Fale Comigo”, dos irmãos Michael Philippou e Danny Philippou, não é exceção. Este filme, que já gerou muito burburinho em festivais de cinema, agora está disponível nos cinemas, encantando os espectadores com suas excepcionais performances, roteiro eletrizante, efeitos práticos impressionantes e edição aguçada.
No entanto, sua trama cheia de suspense, impulsionada pela ambiguidade do mundo espiritual, pode deixar algumas perguntas sem resposta. Neste artigo, iremos desvendar o final de “Fale Comigo” e desdobrar a fascinante mitologia que envolve o enredo.
A misteriosa Mão em ‘Fale Comigo’
O enredo de “Fale Comigo” gira em torno de uma mão de cerâmica que permite às pessoas ver almas perdidas. Ninguém sabe a origem da mão, mas existem teorias intrigantes. De acordo com histórias compartilhadas por adolescentes brincando com o objeto amaldiçoado, a mão pertencia a um humano – um médium ou um satanista. Após ser amputada do corpo do proprietário, a mão foi embalsamada e coberta de cerâmica para ser preservada.
As regras que governam o poder da mão são mais precisas, no entanto. Para usá-la, primeiro as pessoas precisam acender uma vela, que abre a porta entre os reinos dos vivos e dos mortos, atraindo os espíritos para a mão. Após isso, a pessoa deve segurar o objeto e repetir as palavras “Fale comigo”. Isso permite que a pessoa veja o fantasma que atendeu ao chamado da vela. Após isso, quem estiver segurando a mão pode ceder o controle de seu corpo ao espírito, dizendo “Eu permito que você entre”.
A visita espiritual da mãe de Mia
Mia, a protagonista de “Fale Comigo”, interpretada por Sophie Wilde, se torna particularmente vulnerável aos espíritos após seu primeiro contato com a mão. A partir daí, ela começa a ouvir o som de arranhões na madeira, ecoando o trauma da morte de sua mãe. Em busca de respostas sobre o possível suicídio da mãe, Mia permite que um espírito maligno se apegue a ela.
Mas a grande questão que surge é: Mia estava realmente falando com sua mãe? Enquanto o filme joga com essa possibilidade, o peso das evidências sugere que era um espírito maligno enganando Mia o tempo todo.
Como Riley se recuperou de sua possessão?
Riley, um personagem interpretado por Joe Bird, sofre uma severa possessão depois que Mia o obriga a permanecer conectado ao espírito que acredita ser de sua mãe. O filme não explica diretamente como Riley se recupera de sua posse, mas as regras da mão podem fornecer alguma explicação.
Há uma chance de que Riley tenha se libertado dos espíritos quando a porta foi fechada para sempre. No entanto, o garoto também pode simplesmente ter rejeitado o invasor. Após a morte de Mia, ela começa a vagar pela rodovia até aparecer no hospital. Lá, ela testemunha Riley e seu pai se recuperando de suas feridas. Mia não tem mais reflexo no espelho, e ninguém pode ouvi-la ou vê-la.
De repente, ouvimos o som de um fósforo sendo aceso, e um brilho ardente chama a atenção de Mia. Ela é guiada até uma mão pendurada no vazio. Mia agarra a mão, apenas para ser transportada para uma sessão espírita onde um grupo usa o artefato de porcelana para falar com espíritos.
O assombroso final de Mia e o que vem a seguir
O destino de Mia é, sem dúvida, trágico. Ela se torna uma alma perdida, condenada a uma vida de escuridão. A mão, com seus poderes enigmáticos, continua à solta, aguardando possíveis sequências de “Fale Comigo”. Embora o filme possa ser confuso devido à sua complexa mitologia espiritual, desvendar suas várias camadas é parte do encanto que o torna um dos melhores filmes de terror do ano.
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