Elementos prova que a Pixar não é mais a mesma

Animação está em cartaz nos cinemas

A Pixar costumava ser o principal estúdio de animação do mundo. Contudo, a estreia de Elementos provou que a empresa não consegue emplacar grandes sucessos e está longe de apresentar as inovações de outrora.

Em uma cidade onde os moradores fogo, água, terra e ar vivem juntos, uma jovem impetuosa e um rapaz que apenas segue o fluxo vão descobrir algo elementar: o quanto eles têm em comumdiz a sinopse oficial.

Em suma, o diretor inspirou-se na própria infância para criar Elementos. De acordo com ele, a animação deve apresentar uma gama de aspectos culturais que remetem ao Bronx, em Nova York, nos anos 1970. Abaixo, assista ao trailer oficial do filme.

Por que Elementos prova que a Pixar não é mais a mesma?

O mês de junho colocou frente a frente o confronto entre duas das maiores animações da atualidade. De um lado, Elementos representou o estúdio que para muitos é o principal do gênero. Do outro, Homem-Aranha: Através do Aranhaverso trouxe para a disputa a última grande revolução no conceito de longa-animado.

Contudo, a disputa reservou uma grande disparidade entre ambos os projetos. O desempenho de cada um em termos de bilheteria abre os olhos do público para os problemas da Pixar. Em suma, Elementos deveria ser o projeto de sustentação do estúdio para 2023.

A animação contou, inclusive, com um orçamento de US$ 200 milhões. O choque aconteceu logo no final de semana de estreia, quando a arrecadação de Elementos não ultrapassou a marca de US$ 29,5 milhões em bilheteria.

Em termos de comparação, portanto, ‘Aranhaverso 2’ custou em torno de US$ 100 milhões entre custos de produção. Até agora, a animação já alcançou US$ 500 milhões nos cinemas. O sucesso massivo de projeto demonstra que os filmes da Pixar não estão mais no auge. Além disso, o estúdio já não é a escolha óbvia em termos de animação.

Pixar perdeu fôlego no início dos anos 2010

Antes de Elementos, outros projetos da Pixar também não despertaram o mesmo interesse do público em relação às clássicas animações. Os problemas começaram ainda com Carros 2, em 2011, e Valente, um ano depois.

O estúdio teve anos de respiro com a estreia de Divertidamente, em 2015, e Procurando Dory, em 2016. Contudo, os anos ruins voltaram e filmes como O Bom Dinossauro, Carros 3 e Dois Irmãos não conquistaram o mesmo sucesso. Nem mesmo a franquia Toy Story, com Lightyear, conseguiu superar a fase ruim.

Após o período e o início arrasador da pandemia por Covid-19, a Pixar promoveu lançamentos no Disney+. Aconteceu com Soul e Luca. Agora, Elementos prova que o estúdio não reconquistou o status de anos atrás. Além do desempenho comercial, as animações da Pixar também não são mais a referência para o gênero.

Por fim, projetos como ‘Aranhaverso’ e Pinóquio de Guillermo del Toro promoveram as duas últimas revoluções em termos de animação. Até mesmo Gato de Botas: O Último Desejo e Super Mario Bros. – O Filme conquistaram índices melhores que os filmes da Pixar.

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