2ª temporada de House of the Dragon consegue contornar ESTE PROBLEMA

A segunda temporada de A Casa do Dragão não deve sofrer o impacto da greve dos atores. De acordo com a Variety, o programa pode seguir com as gravações no Reino Unido apesar da decisão do sindicato da categoria. Em suma, o elenco da série é composto quase inteiramente por atores do Reino Unido. Portanto, trabalham sob um sindicato diferente, o Equity.

A greve dos atores começou de forma oficial no dia 13 de julho deste ano. A última rodada de negociações entre o sindicato dos atores de Hollywood (SAG-AFTRA) e os representantes dos grandes estúdios (AMPTP) terminou sem acordo.

Além disso, o contrato entre as entidades chegou ao fim durante a madrugada desta quinta-feira (13). Em comunicado oficial, representantes da SAG e da AMPTP entraram em conflito após as negociações não avançarem. A presidente do sindicato dos atores, Fran Drescher, explicou que a resposta dos estúdios foi “insultante e desrespeitosa”.

A Casa do Dragão escapa de greve dos roteiristas de Hollywood

A maior parte do elenco de A Casa do Dragão não tem vínculo com a SAG-AFTRA. Portanto, as imposições de greve não afetam aos profissionais do Reino Unido. Eles trabalham sob as condições do Equity, sindicato da categoria no país europeu. Inclusive, a entidade apoiou a greve nos Estados Unidos. Contudo, não pode garantir as mesmas condições legais. Confira a nota oficial:

A Equity UK apoiará o SAG-AFTRA e seus membros por todos os meios legais. Um artista que se junte à greve (ou se recuse a cruzar uma linha de piquete) no Reino Unido não terá proteção contra ser demitido ou processado por quebra de contrato pelo produtor ou pelo contratante. Da mesma forma, se o Equity encorajar alguém a aderir à greve ou não cruzar uma linha de piquete, o próprio Equity estará agindo ilegalmente e, portanto, responsável por danos ou uma liminar.

Portanto, a segunda temporada de A Casa do Dragão quase não deve sofrer impactos com a greve dos atores. De acordo com o Screen Rant, os membros do Equity receberam a recomendação de apoiar a decisão da SAG-AFTRA apenas dentro dos meios legais. Ou seja, eles não estão autorizados a fazer greve em forma de solidariedade.

Entenda a greve

Em suma, os atores reivindicam pagamentos melhores para não entrar em greve. De acordo com a BBC, a classe não recebe sobre os lucros obtidos do serviço de streaming. Mesmo após a explosão de consumo que as plataformas obtiveram na última década.

Representantes da SAG argumentam que executivos ganham salários cada vez mais exorbitantes. Enquanto isso, os atores deixaram de arrecadar em situações que antes eram comuns. Por exemplo, os artistas recebiam sempre que determinado conteúdo reprisasse na TV aberta. A dinâmica permitia que os atores obtivessem ganhos mesmo em períodos sem trabalho.

Com a evolução do streaming, no entanto, a lógica mudou. Conteúdos ficam disponíveis de forma integral ao público. E a remuneração dos atores não acompanhou o processo. Conforme a BBC, os profissionais quase não recebem mais quando alguém assiste ao seu trabalho.

Ainda não há como mensurar o impacto de uma greve dos atores. Até agora, a paralisação dos roteiristas causou inúmeros atrasos em séries e filmes. Programas como Stranger Things, The Last of Us, Billions, entre outros, já interromperam a produção. Os streamings podem cobrir a falta de projetos ao longo de 2023.

Contudo, a perspectiva é de que todos os conteúdos a partir de 2024 ganhem novas datas. Boa parte, inclusive, pode ser cancelado. Caso ambas as partes não se resolvam o mais rápido possível, a greve dos atores pode causar um efeito cascata para os próximos anos do cinema e da televisão.

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