Warner Bros. se pronuncia após ameaças de morte a J.K. Rowlling

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A Warner Bros. decidiu se pronunciar após as ameaças de morte direcionadas a J.K. Rowlling. Tudo começou após a criadora da franquia Harry Potter mostrar apoio ao autor Salman Rushdie, que foi alvo de um ataque em Nova York.

Logo que recebeu a notícia, J.K. Roelling se manifestou via Twitter. Em seguida um internauta respondeu de maneira agressiva: “Não se preocupe, você é a próxima”, escreveu Meer Asif Aziz. O responsável pela ameaça se diz estudante, ativista social e político, e pesquisador. Em defesa de J.K.Rowlling a Warner Bros. emitiu um comunicado oficial:

“A Warner Bros. Discovery condena veementemente as ameaças feitas contra J.K. Rowling. Estamos com ela e todos os autores, contadores de histórias e criadores que corajosamente expressam sua criatividade e opiniões. O WBD acredita na liberdade de expressão, no discurso pacífico e no apoio àqueles que oferecem seus pontos de vista na arena pública. Nossos pensamentos estão com Sir Salman Rushdie e sua família após o ato de violência sem sentido em Nova York. A empresa condena veementemente qualquer forma de ameaça, violência ou intimidação quando opiniões, crenças e pensamentos possam diferir.”

Por sua vez, J.K. Rowling pediu publicamente para que os responsáveis pelo Twitter tomassem alguma atitude. Em uma postagem revelou imagens da fala do internauta. Passadas algumas horas a autora recebeu um retorno do Suporte do Twitter. Contudo, a plataforma afirmou que o usuário não havia violado nenhuma das regras ditas no tópico ‘o conteúdo que você denunciou’.

Quem é o autor defendido por J.K. Rowlling?

O autor que recebeu o apoio de J.K. Rowlling é Salman Rushdie. Nascido na Índia, o escritor Britânico de ficção possui 12 romances publicados em diversos países. Por suas obras, o autor já se viu no centro de debates e protestos.

Em especial seu quarto livro: Versos Satânicos, publicado em 1988. A publicação conta com um personagem inspirado no profeta Maomé, contudo para os líderes da comunidade muçulmana a forma foi considerada ofensiva.

No ano seguinte à publicação, o então líder do Irã, aiatolá Khomeini, condenou o livro e ofereceu uma recompensa de milhões de dólares pela morte de Rushdie. Assim sendo, o autor precisou se esconder sob a proteção do governo britânico.

No dia 12 de agosto, Rushdie foi alvo de um ataque enquanto ministrava uma palestra na Chautauqua Institution de Nova York. O agressor, identificado como por Hadi Matar, de 24 anos, esfaqueou o autor quinze vezes. Apesar da gravidade dos ferimentos, a última atualização do seu estado de saúde indicava que estava estável.