SpoilerMorte: Mãe e Pai – Resumindo o Filme

Mãe e Pai

Um amigo meu pediu pra que eu assistisse esse filme, alegando que era um filmaço, mas eu nunca nem havia ouvido falar dele. Acontece que é um filme recente, lançado em 18 de janeiro deste ano, estrelado pelo Nicolas Cage, o que só destaca ainda mais minha ignorância. Então vi o trailer.

Pelo trailer, me pareceu um filme de zumbi e ao comentar com o mesmo amigo, ele apenas disse “Não é de zumbi não” e ainda mudou de opinião, alegando que não era um filme bom. Isso atiçou minha curiosidade, então fui assistir. A seguir contarei tudo o que puder e lembrar sobre “Mon and Dad” e já adianto que não pouparei spoilers.

Alias, só pra começar, o filme conta uma história que disputa pau-a-pau com “The Happening” (“Fim dos Tempos” em português), porém num estilo muito mais “familiar”, literalmente.

Boa leitura.

E se um dia todos os pais sentissem vontade de matar os filhos? Essa é a frase chave do filme, que apresenta uma situação assustadora em que, sem razão aparente, todos os pais e mães apenas sentem um impulso incontrolável de assassinar suas próprias crianças!

É macabro pra caramba eu sei e eu mesmo fiquei espantado enquanto assistia… Tem uma cena em que colocam um bebê recém nascido e a mãe acaba de ser infectada com o negócio que força os pais a cometerem as atrocidades. Eu torci pra que o filme não mostrasse nada, e graças a Deus não mostrou. Mas ficou implícito um massacre de bebês na maternidade, bem como vários outros. Mas calma! Apesar do tema mórbido, não há cenas de gore nem sangue escancarado na tela. As coisas acontecem, mas ficam apenas no plano de fundo, quase que censuradas.

Talvez a cena mais forte que tenha no filme inteiro seja justamente a do bebê e o diretor sabe disso. A trilha sonora que acompanha conduz o espectador a acreditar que vai tudo dar muito errado, e mesmo quando tudo termina “bem”, o filme faz pensar que as coisas foram piores assim. De quebra, há humor, mas é tão sádico que causa desconforto ao invés de diversão. Repito que a sensação de espanto foi constante e eu só terminei o filme porque ele me prendeu pelo enredo.

A história gira em torno de uma família núcleo, composta por um pai na crise da meia idade, uma mãe (com quem eu juro que me identifiquei…), uma filha rebelde na adolescência (isso é quase pleonasmo) e um filho ainda na faixa dos 6 anos. Todos convivendo até que o surto das matanças se inicia e o espectador aguarda a hora em que os pais principais caçarão os filhos. E é isso, de verdade. O filme inteiro são pais matando os filhos de formas diferentes, sem nada explícito.

Segue um resumão:

Tudo começa com uma família americana vivendo normalmente. Mas o surto já começou, com uma notícia de uma mãe que causou a morte do filho nos trilhos de um trem. Ainda assim tudo segue normalmente na família, com a mãe fazendo de tudo pra chamar a atenção da filha que tem um namorado mais velho e tenta convencer o pai de aceitar, já o pai mais preocupado com os problemas pessoais dele do que tudo e o filho só querendo brincar.

Então os pais saem. A mãe vai pra academia e o pai vai trabalhar, enquanto a filha vai pra escola e o filho fica em casa, brincando. Tem uma moça que fica na casa com ele, que era a doméstica e curiosamente ela levou a filha dela pro trabalho naquele dia. Claro que a primeira morte que o filme “mostra” é desta filha. Mas o corpo da garota nem aparece naquele momento, só no final, numa lata de lixo, e não chega a ser mostrado com detalhes. Isso ocorre e a doméstica age normalmente depois disso.

Na escola, os pais começam a buscar os filhos pra mata-los e aquilo se torna um tumulto. A filha então foge junto com uma amiga, aproveitando a confusão. Enquanto isso os pais dela estavam cada um passando por um problema próprio. A mãe estava tentando entender porque a filha não ligava mais pra ela quando recebe uma chamada para o parto da irmã e o pai estava preocupado lembrando dos tempos em que era pegador (rolam cenas de nudez gratuita nessa parte).

Então, na casa da amiga, a filha descobre um pouco mais sobre o que estava acontecendo e testemunha a morte dela pelas mãos da mãe, que logo em seguida age normalmente a recepcionando como se nada tivesse acontecido. Enquanto isso a mãe participa do parto da irmã dela, onde a mesma tenta matar a criança assim que ela nasce, porém a mãe consegue salvar, só pra criança ser levada ao berçário onde um monte de pais esperavam ansiosamente pela oportunidade de entrar.

O desespero começa ai. Em casa o filho já estava escondido de medo, enquanto a doméstica limpava o sangue da morte que causou. A filha, por outro lado, estava no meio da rua com medo de todos, mas ninguém nem dava a mínima pra ela pois eles só queriam matar seus próprios filhos. Então surge o namorado, que tinha quase sido morto pelo pai, mas se safou quando ele tropeçou e degolou a si mesmo.

Juntos eles vão pra casa dela para salvar o irmão, mas depois de convencer a doméstica a ir embora, o pai chega, simplesmente liga o modo matar e avança nos filhos, mas o namorado tenta detê-lo, sendo atordoado no processo. Depois disso o pai escorrega num brinquedo e bate a cabeça, desmaiando também.

Os filhos se escondem no porão, então chega a mãe e também liga o modo matador, mas ela é bem mais estratégica que o pai e juntos eles bolam várias formas pra tentar capturar e esquartejar seus filhos. Eles tentam arrombar a porta, a mãe tenta serrar, o pai vai atrás da arma dele, mas o filho tinha pego e dispara um tiro contra a mãe, alias, acontece até piadinha nessa parte, onde os pais falam como é perigoso manter armas em casa.

Então eles tem a brilhante ideia de tapar todos os buracos do porão e encher de gás de cozinha. Assim matariam os filhos por asfixia. Mas as crianças que são bem mais espertas, encontram uma saída pelo duto de ventilação da casa e ainda montam uma armadilha com fósforos pra quando os pais abrissem a porta tudo fosse pelos ares.

Depois da inevitável porém nada grande explosão, só o pai se lasca e a mãe consegue ver os filhos, indo atrás da filha. O namorado então acorda e a salva só pra ser derrubado da escada e ficar desmaiado de novo.

O pai, nem queimado ficou, se levanta pra ajudar na caçada aos filhos e ambos encurralam as crianças. E ai começa a parte mais engraçada do filme, onde os avós paternos chegam para um jantar em família que teria. Claro que eles tentam matar o filho e isso ajuda os netos a escaparem. Mas todo mundo começa a tentar se matar, crianças tentando fugir dos pais e os pais lutando contra os avós. No fim, o pai atropela e mata seu pai e sua mãe (os avós) e fica desacordado, enquanto a mãe é golpeada com uma pá pelo namorado, que não morre nem a pau.

Ao amanhecer, os filhos conversam com os pais amarrados no porão de casa, depois de tudo que aconteceu, mas eles continuam com vontade de mata-los, e ai… O filme acaba, com o pai dizendo “Nós te amamos, mas as vezes temos vontade de…” pra completar, a palavra é “mata-los”… mas sei la porque o filme cortou.

Fim

Ao que da a entender, o surto neurológico que causou o problema todo surgiu graças as televisões e aparelhos de comunicação que, por causa de uma onda repentina no sinal, os pais inverterem o senso de proteção aos filhos por uma vontade de extermina-los. Mas isso só afetou os pais biológicos… Sinceramente… não é um filme ruim. A ideia e execução foi boa, e eu não sei porque não tinha ouvido falar dele antes. Creio que seja pura ignorância de minha parte mesmo.

Eu só senti falta de sangue… o filme não precisa disso, consegue sustentar o horror perfeitamente só com a ideia e é o que ele faz, mas seria legal ver umas cenas mais grotescas… Se bem que eu não gostaria de ver o que aconteceu na maternidade…

Bem, é isso. Espero que tenha gostado. Já assistiu a este filme? Comente!

Redação

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