Cobra Kai e outras 3 séries sofrerão atraso devido a Greve dos Roteiristas

Projetos devem ficar interrompidos pelos próximos meses.

Até que o Writers Guild of America (WGA) finalize as negociações com as principais plataformas de streaming, séries em estágios iniciais de desenvolvimentos devem interromper o processo de produção. Desde a última terça-feira (2), milhares de roteiristas de televisão e de cinema entraram em greve por conta do fracasso das negociações entre estúdios e streaming para um aumento do salário.

A confirmação surgiu após o anúncio oficial do sindicato da categoria. Por ora, a Greve dos Roteiristas deve continuar até que todas as partes cheguem a um consenso sobre remuneração maior para o salário mínimo e sobre alguns direitos para os profissionais.

De acordo com a WGA, a decisão de optar pela greve geral de roteiristas aconteceu após uma rodada de seis semanas em negociação com as principais empresas. Por exemplo, Apple, Netflix, Disney, Sony, Paramount, entre outros.

Em suma, a primeira mobilização forçou a interrupção dos conhecidos programas de “late-night shows” dos Estados Unidos. Espera-se que novas medidas entrem em vigor e afetem a maior parte das séries que estão programadas para 2023.

Abaixo, confira quais produções já se manifestaram sobre a Greve dos Roteiristas.

Todas as produções que foram afetadas pela Greve dos Roteiristas.

Em primeiro lugar, a produção de Cobra Kai anunciou paralização no desenvolvimento da temporada final durante a Greve dos Roteiristas. Ou seja, o projeto só deve sair do papel após todas as partes encontrarem um desfecho positivo.

O mesmo aconteceu com Abbott Elementary, do Star+. Ao Democracy Now, a produtora Brittani Nichols confirmou que novos episódios só devem entrar em estágio de produção quando a Greve dos Roteiristas chegar ao final. “Se a greve for duradoura, nossa série não vai sair a tempo e isso pode mudar a quantidade de episódios, o que eu tenho certeza que irá frustrar muito as pessoas”, revelou ela.

Outras duas séries também já se manifestaram sobre as consequências da Greve dos Roteiristas. Os criadores de Yellowjackets e Good Omens foram ao Twitter explicar que só devem retomar os trabalhos na medida em que a WGA chegar a um consenso com as plataformas. Além disso, Ashley Lyle e Neil Gaiman, respecitvamente, falaram que apoiam a decisão pela greve.

Por ora, nenhuma produção foi cancelada. Algo que ainda pode acontecer nos próximos meses. De acordo com a Variety, as gravações de A Casa do Dragão, da HBO, devem continuar mesmo com a Greve dos Roteiristas. Isso porque a série já finalizou o processo de produção do roteiro.

Entenda a greve

A perspectiva é de que a Greve de Roteiristas seja mais leve em 2023. Se séries foram adiadas em 2007, a ideia é que os streamings possam cobrir a falta de conteúdo durante o período. Espera-se que ao menos a Netflix tenha programas o suficiente para lidar com o problema ao longo dos próximos meses.

“Não conseguimos chegar a um acordo com os estúdios e as emissoras”, disse o sindicato dos roteiristas em comunicado na Internet. De acordo com a WGA, as respostas às reivindicações foram “totalmente insuficientes, levando em conta a crise existencial à qual os roteiristas enfrentam”.

Contudo, o Screen Rant defende que todo o material sem roteiro pronto deve sofrer algum tipo de atraso nos próximos meses. Séries que recém estrearam novos episódios, como The Last of Us, podem sentir os efeitos da Greve de Roteiristas.

Apesar disso, há poucas chances de que os consumidores sofram alguma consequência em curto prazo. As principais séries que estão com lançamento previsto nos próximos meses já estão com o roteiro pronto, faltando detalhes de pós-produção.

Por fim, a Greve de Roteirista deve causar problemas a médio e a longo prazo em caso de novo fracasso entre a WGA e os principais serviços de streaming. Sem roteiro, a maior parte das séries deve não ver a luz do dia ou pode perder qualidade caso as plataformas escolham profissionais que não estão cadastrados no sindicato.

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