Rainhas do Crime é baseado em fatos reais?

O filme Rainhas do Crime é uma obra escrita por Andrea Berloff, conhecida por seu trabalho no filme “9/11 World Trade Centre” (2006). Além disso, ela é co-escritora do drama biográfico “Straight Outta Compton” (2015). Na trama, é retratada a história de 3 mulheres que assumem o controle do sindicato da máfia. Isso ocorre, assim que os seus maridos são presos.

Berloff tem um histórico de inspirar-se em eventos da vida real para seus trabalhos. Logo isso, nos leva a pensar se Rainhas do Crime segue essa tendência. Descubra a seguir.

Sobre Rainhas do Crime

De acordo com a sinopse da produção:

“Na década de 1970, em Nova York, as esposas de mafiosos irlandeses ficam no controle dos negócios no bairro de Hell’s Kitchen depois que agentes do FBI prendem seus maridos. O grupo é liderado por três mulheres com temperamentos extremamente diferentes, mas que compartilham do mesmo objetivo: proteger a empresa de suas famílias, custe o que custar.”

O filme apresenta um elenco de peso: Melissa McCarthy, Tiffany Haddish e Elisabeth Moss. Elas fazem o papel de esposas de mafiosos irlandeses da região de Hell’s Kitchen, em Nova York.

O filme se baseia em fatos reais?

Embora a trama de Rainhas do Crime possa parecer uma história de crime real, ela não se baseia em nenhuma história verídica. Na verdade, o filme é uma adaptação de uma história em quadrinhos e se baseia em uma minissérie de mesmo nome, escrita pelos artistas Ollie Masters e Ming Doyle.

A minissérie de Rainhas do Crime foi publicada pela primeira vez em 2015 pela Vertigo. A mesma, é uma marca da DC Comics, criada na década de 1990, para publicar histórias com conteúdo gráfico ou adulto que não se enquadravam nas restrições da Comics Code Authority.

Embora não seja baseada em eventos reais, a inspiração para a história pode ter vindo do contexto histórico em que se passa. Quando questionado sobre suas fontes de inspiração antes do lançamento da série, Masters afirmou que “tudo sobre esse período parecia perigoso, mas emocionante”.

Influência de máfia e gangues irlandesas

Em uma entrevista ao USA Today, Masters afirmou que o crime era uma presença constante na cidade de Nova York. Logo, a máfia e as gangues irlandesas, como os Westies de Hell’s Kitchen, faziam parte do cotidiano das pessoas com mais destaque na época do que agora.

Os Westies dominaram Hell’s Kitchen durante as décadas de 60, 70 e 80, e eram conhecidos por serem violentos e sanguinários. Masters comparou a atmosfera da época com o Velho Oeste, com gângsteres percorrendo as ruas, mas também destacou um sentimento de criatividade e possibilidades em meio ao caos.

Embora a história de Rainhas do Crime possa ter sido inspirada em gangues reais e na atmosfera de Hell’s Kitchen na época, não há eventos ou pessoas específicas retratadas na minissérie de quadrinhos ou no novo filme. Andrea Berloff teve liberdade para exercer alguma licença artística ao adaptar a história para a tela grande.

Série de quadrinhos é curta

Segundo McCarthy, em entrevista à Refinery29, a série de quadrinhos original é bem curta, com apenas oito edições. Porém, Berloff conseguiu expandir a história em três histórias completas e complicadas sobre as diferentes mulheres. A atriz elogiou o trabalho da diretora, afirmando que foi um grande trabalho.

Uma grande mudança na adaptação para o cinema envolveu o personagem interpretado por Tiffany Haddish. Originalmente, nos quadrinhos, a personagem era uma mulher branca. Essa mudança na etnia da personagem alterou a dinâmica de como ela é tratada e como interage com os outros ao longo da história, de acordo com a atriz.

No entanto, Haddish acredita que a mudança não afetou muito a essência da personagem. Exceto pela forma como ela é tratada por sua sogra e por outras pessoas que vivem em Hell’s Kitchen e que podem ter preconceitos raciais naquela época.

É verdade que o filme Rainhas do Crime não foi bem recebido pela crítica e detém atualmente uma baixa taxa de aprovação no Rotten Tomatoes. No entanto, é importante lembrar que a qualidade de um filme é subjetiva e pode ser avaliada de maneiras diferentes por diferentes pessoas. Além disso, a recepção da crítica nem sempre reflete o sucesso financeiro de um filme ou a opinião do público em geral.

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