O caso Asunta: O que aconteceu com os assassinos?

O drama criminal “O Caso Asunta”, da Netflix, trouxe à tona um crime que chocou a Espanha no início dos anos 2010. Na ocasião, uma garota chinesa, adotada por pais espanhóis, apareceu morta em uma estrada rural no noroeste da Espanha. O desfecho da série revela a condenação dos pais adotivos no tribunal.

Em 2015, um júri em Santiago de Compostela considerou Rosario Porto e Alfonso Barrera culpados pelo planejamento e execução do assassinato de Asunta Fong Yang. O brutal assassinato de Asunta abalou a Espanha uma década atrás. Mas o que aconteceu com seus pais adotivos desde então?

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O Trágico Destino de Rosario Porto

Após ser condenada a 18 anos de prisão pelo assassinato de Asunta, Porto foi enviada ao Centro Penitenciário de Teixeiro, no noroeste da Espanha. De acordo com o jornal espanhol El Pais, posteriormente ela foi para a prisão de A Lama, em Pontevedra. Já em seguida, ela foi para a penitenciária de Brieva, em Ávila.

Em todas as três prisões, Porto participou de programas de protocolo anti-suicídio, segundo o El Pais e diversos veículos de imprensa espanhóis. Em fevereiro de 2017, ela foi hospitalizada após uma overdose de medicamentos prescritos. Já em novembro de 2018, ela tentou se enforcar no chuveiro e os funcionários da prisão impediram.

Ademais, em Brieva que Porto cometeu suicídio em novembro de 2020. De acordo com o El Pais, a cela de Porto estava arrumada quando os trabalhadores da prisão a encontraram enforcada.

O Caminho de Alfonso Basterra

Alfonso Basterra, pai adotivo de Asunta, também foi preso em 2015. Ele passou os últimos nove anos em Teixeiro, onde Porto foi inicialmente enviada.

Naquele ano, após apenas algumas semanas em Teixeiro, o jornal espanhol El Correo Gallego relatou que Basterra enviou uma carta a Porto. Nela, ele dizia que planejava cometer suicídio depois de ser libertado da prisão.

“Quero que você me imagine ao lado do passarinho, minha pequena peponcita, que sinto muita falta”, escreveu Basterra.

Segundo o El Correo, Basterra teve permissão de saída negada ao longo de todo o seu tempo em Teixeiro pelo Conselho de Tratamento da prisão, bem como pelo Conselho de Vigilância Penitenciária da Galícia. Ele já havia sido pego “passando” um objeto proibido para um detento problemático e foi colocado em isolamento após supostos confrontos com outros detentos.

O El Correo também relatou que, em 2017, Basterra enviou uma carta aos produtores do documentário “Lo que la verdad esconde: el caso Asunta”, produzido e lançado na Espanha em 2017. Ele escreveu, em parte:

“Quando recuperar minha liberdade, tenho a firme intenção de desaparecer, ninguém mais ouvirá falar de mim, nem mesmo Rosario Porto. Eu só tenho uma razão para permanecer vivo, que não é outra senão ser um homem livre novamente e me reunir com minha menina, nunca antes. Na verdade, já pensei em como e onde, só não sei quando, mas tudo acontece eventualmente.”

Em 2025, Basterra terá cumprido 2/3 de sua sentença, segundo o El Correo. Logo, ele será elegível para o “regime aberto”, que no sistema prisional espanhol marca um passo em direção à liberdade total em termos de supervisão, confinamento e privilégios permitidos.

Embora possa ser elegível para certas liberdades adicionais na prisão sob o “regime aberto”, Basterra declarou que cumprirá até o último dia de sua sentença para provar sua inocência, como mencionado em “O Caso Asunta”.

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