O Assassino, da Netflix, é baseado em uma história real?

Sob a direção de David Fincher, o suspense policial da Netflix, O Assassino mergulha na mente do personagem central, interpretado por Michael Fassbender. A narrativa oferece um vislumbre do assassino frio e calculista, destacando sua mentalidade centrada na eficiência e na ausência de emoções durante o trabalho. Contudo, ao quebrar sua rotina, o personagem se vê em uma situação inesperada, levando os espectadores a questionarem se esse enredo intrigante poderia se basear em fatos reais.

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A Origem Assassina, Explorada

O Assassino tem como base uma série de graphic novels homônima escrita por Matz (Alexis Nolent) e ilustrada por Luc Jacamon. O roteiro, elaborado por Andrew Kevin Walker, colaborador anterior de Fincher em ‘Seven – Os Sete Crimes Capitais’, é um projeto de paixão para o diretor, que está envolvido desde 2007.

Fincher sempre desejou contar a história de um samurai e se inspirou em filmes como ‘Le Samouraï’, ‘Charley Varrick’ e ‘The Mechanic’. No entanto, ele enfatiza que não os utilizou como pesquisa, mas sim como fonte de inspiração, incorporando diferentes elementos em O Assassino.

Fincher confessa que o filme foi principalmente moldado pela visão de Matz, considerando-a uma base brilhante para construir. O cinematógrafo Eric Messerschmidt destaca a semelhança entre a abordagem da narrativa em graphic novels e filmes, tornando os quadrinhos uma ferramenta útil. Ambos afirmam que o foco está na mente do assassino e sua abordagem, algo também explorado nas HQs.

A Exploração da Mente do Assassino nos Quadrinhos

Nas HQs originais francesas, que abrangem várias séries desde 1998, o enfoque é no assassino impiedoso, habilidoso em seu ofício até que sua consciência começa a se manifestar. Essa crise interna reflete a forte crença do protagonista em não se deixar envolver emocionalmente. O filme segue uma abordagem semelhante, explorando a mente do assassino mais do que os aspectos sangrentos, embora estes também estejam presentes.

Detalhes da rotina, justificações para os assassinatos e reflexões são apresentados nas HQs, tornando o assassino, apesar de seus crimes, um personagem bastante relatável. Matz expressa interesse em explorar os pensamentos de pessoas que cometem atos terríveis, uma temática trabalhada tanto por ele quanto por Fincher no projeto.

Embora O Assassino não se baseie em uma pessoa real, ele tem inspiração nas percepções que temos sobre assassinos. Fincher, ao criar o filme, deseja impactar os espectadores a ponto de fazê-los questionar se uma pessoa comum na fila ao lado poderia ser um assassino. Assim, enquanto a história se desenrola na ficção, ela tem raizes nas nossas percepções e expectativas sobre o que um assassino pode ser.

O Assassino proporciona uma experiência cinematográfica cativante ao explorar a mente complexa de seu protagonista. Embora não se baseie em eventos reais específicos, o filme oferece uma perspectiva inspirada na nossa compreensão da psicologia por trás dos assassinos. A linha tênue entre a ficção e a realidade permanece, instigando reflexões sobre o que realmente conhecemos sobre as mentes obscuras que habitam o mundo dos assassinos, sejam eles fictícios ou reais.

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