Manter Negan Vivo foi a Decisão Certa para The Walking Dead?

A edição #100 de “The Walking Dead” foi um marco para a série de zumbis de Robert Kirkman. Ela introduziu Negan, o maior vilão da franquia, cuja chegada foi acompanhada do brutal assassinato de Glenn, personagem querido desde a primeira edição. Negan acabou se tornando a força antagonista em “The Walking Dead” por um bom tempo, mas quando chegou a hora de sua derrota, a série surpreendentemente não matou o personagem. Essa decisão teve grandes repercussões na narrativa.

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Negan é um Vilão Irredimível?

Escritores contemporâneos adoram vilões complexos, mas muitas vezes têm dificuldade em criar heróis igualmente complexos. A decisão de Rick Grimes de poupar a vida de Negan foi um movimento ousado que transformou “The Walking Dead” em uma obra de maior complexidade moral.

Negan foi criado para ser vil, impiedoso e desprezível. Suas ações iam além da brutalidade, chocando os leitores. A escolha de Rick em mantê-lo vivo não foi um ato de misericórdia, mas sim de vingança: ele desejava que Negan sofresse, preso sem poder. Mais do que isso, Rick queria provar que Negan não tinha mais poder sobre ele ou sua comunidade. Essa decisão mudou toda a perspectiva moral de “The Walking Dead”.

Mudança de Paradigma: Heroísmo vs. Sobrevivência

A sobrevivência de Negan transformou a série de uma história sobre o triunfo de heróis sobre vilões para um retrato de um mundo onde essas linhas divisórias se tornavam cada vez mais tênues. Negan, inevitavelmente, acabou se tornando um dos protagonistas de “The Walking Dead”, tendo sobrevivido por 94 edições e conquistado uma forma de redenção.

A questão é se foi a decisão certa abandonar o formato clássico de “heróis contra vilões” por uma abordagem mais neutra e realista daquela sociedade pós-apocalíptica. “The Walking Dead” tornou-se mais sombria a partir daí, mas também mais complexa.

A adaptação televisiva na AMC amplificou ainda mais o fenômeno Negan, exercendo grande influência nos criadores atuais. O impacto da sobrevivência de Negan é muito maior do que se imagina. Inclusive, deixa um legado que pode ser comparado à “Watchmen” no mundo dos quadrinhos ou aos filmes de Scorsese no cinema.

Não existe “certo” ou “errado” em decisões narrativas desse porte. O que importa é avaliar se esse foi o melhor caminho para a história. Por fim, o tempo dirá se “The Walking Dead” deixará uma marca tão significativa quanto outras obras que desafiaram convenções.

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