Desde sua estreia em 2016 na Fox, a série “Lucifer”, estrelada por Tom Ellis, tem provocado intensos debates e acumulado uma legião de seguidores. O enredo segue as aventuras do diabo em Los Angeles, onde, ao lado da detetive Chloe Decker (Lauren German), resolve mistérios policiais utilizando seus poderes únicos. Contudo, essa exploração inovadora de figuras bíblicas e a visão simpática do personagem Lucifer gerou controvérsia desde o anúncio da série, especialmente entre grupos cristãos.
Na série, Lucifer é um personagem diferente e provocativo. Além das referências ao personagem-título, também há a introdução de outros elementos familiares do universo bíblico, como seus irmãos angelicais e seu patriarca todo-poderoso. A série constrói suas narrativas com base em uma interpretação liberal do mito cristão. Logo, isso gerou críticas quando houve a divulgação do programa.
A polêmica da vida real e a resposta de Lucifer
Antes mesmo da estreia de Lucifer, o grupo cristão One Million Moms condenou a série pela sua abordagem ao mito cristão. Além disso, criticou especialmente a forma como a série retratou o personagem principal. Eles até exigiram que a Fox interrompesse a produção de Lucifer. No entanto, a Fox não cedeu a essas críticas.
Apesar da controvérsia em torno de seu lançamento, Lucifer teve 6 temporadas – três na Fox e três na Netflix. Inclusive, série se tornou tão popular, que os fãs conseguiram reverter sua cancelamento duas vezes. Uma vez consolidada, a série até brincou com o movimento que tentou impedir sua estreia.
Na segunda temporada, no episódio 17, “Sympathy for the Goddess”, Lucifer faz uma piada sutil sobre a polêmica real com One Million Moms. Nessa cena, Amenadiel adverte Lucifer de um possível perigo, e Lucifer, despreocupado, pergunta: “O que é, o Acusador? O Nephilim? One Million Moms?” Incluir o One Million Moms na lista de possíveis ameaças satiriza a indignação do grupo e seu fracasso em impedir que o show se tornasse um sucesso.
Por que Lucifer foi tão controverso antes do lançamento?
Entre as principais críticas do One Million Moms estava a representação do diabo como um personagem simpático. A série leva os espectadores a se identificarem com o personagem de Ellis, desde seu exílio do céu até sua redenção e retorno ao inferno.
Em suma, o carisma do personagem interpretado por Ellis faz com que os espectadores torçam por ele e por seu relacionamento com Chloe Decker. Considerando que Lucifer é um verdadeiro vilão na Bíblia, One Million Moms sentiu que uma série de TV mainstream não deveria torná-lo tão agradável.
Ademais, além da interpretação favorável de seu personagem-título, One Million Moms também criticou Lucifer por suas cenas violentas e sensuais, que compõem uma boa parte do show. Embora essas características não tenham sido bem recebidas pela organização cristã, elas aparentemente atraíram os espectadores – tanto que Lucifer foi renovado seis vezes e pode até ter um spin-off.
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