Joker | Bafta 2020 | Deputado de Coringa

Joker | Como foram filmadas algumas cenas?

Joker, ou Coringa, estreou há um pouco mais de um mês e levou todo mundo para as poltronas do cinema. O filme é incrível e já temos até crítica dele aqui. Mas vai dizer que você nunca ficou curioso sobre o processo de criação das cenas? Pois é! Você pode sanar essa curiosidade agora. Isso porque o diretor de fotografia do filme, Lawrence Sher, falou em entrevista para a Variety sobre o processo de idealização e gravação das cenas. É claro que ele focou totalmente no seu trabalho. Mas, mesmo assim, é uma ótima forma de aprender um pouco mais sobre cinema e fotografia. Então, vamos lá conferir as declarações do Lawrence sobre a filmagem de Joker? Mas antes, nem preciso dizer que este post contém SPOILERS do filme.

Como foi filmado Joker?

Joker

Quando falou sobre a cena do metrô, ele fez questão de deixar claro que ela foi um ponto decisivo para a mudança do Arthur. Segundo ele, a cena trata-se de um “sonho febril” em que todos os aspectos da fotografia ajudam a construir a tensão e a sensação de que tudo está para mudar com o personagem.

“Definitivamente, havia a intenção neste filme de tentar criar quadros cheios de tensão. Criei certas regras para mim e para o operador da câmera para aquela cena, para nunca gravar ao nível dos olhos. Nós poderíamos filmar ele do alto ou de baixo; poderíamos gravar também em um nível fraturado. Encontraríamos uma maneira de dissecar o quadro.”

Joaquín Phoenix - Joker

Como percebemos ao decorrer do filme, Arthur se sente muito sozinho no mundo. E sobre isso, o diretor de fotografia afirmou que a intenção das cenas de Arthur sozinho era passar o sentimento de solidão para o espectador.

“Nas cenas em que ele estava sozinho, mostrávamos ele isoladamente. Queríamos encontrar um quadro que falasse emocionalmente. Todd e eu gostamos de misturar várias coisas estilísticas em nossos filmes. Temos cenas muito específicas com movimentos de câmera lenta precisos em câmera lenta. Há cenas intencionalmente estáticas. Outras, com a câmera na mão.”

Mas e a famosa cena das escadas?

Quando perguntado sobre a catártica cena da escada, Lawrence falou que este é o ponto alto do personagem; o ponto em que o Arthur se assume de vez como o Coringa.

“As escadas fazem parte do mundo de Arthur, sua ascensão ao personagem e mostra para onde ele está indo. Existe a ideia de que a escada é algo árduo, pois Arthur precisava suportar todos os dias apenas para chegar em casa. O filme é muito sobre dicotomias e sobre os dois lados de nosso próprio ser. Todos somos bons e todos também temos o potencial de sermos maus. Toda vez que ele vai para casa, ele está tentando ser a melhor parte de si mesmo. Ele está lutando para ser o mais humano e, no final do filme, quando finalmente está virando o Coringa, ele vive a parte mais verdadeira de si mesmo, mesmo que seja o mais caótico, violento e cheio de raiva. Ele está fazendo isso em comemoração. É mais fácil descer as escadas do que subir as escadas.”

Coringa - Joker

E ele continou:

“O principal aqui é que as primeiras tomadas dele subindo as escadas são lentas. O trabalho da câmera no início do filme é metodicamente lento, assim como a caminhada dele. A imagem dele no topo da escada é estática e não há movimento da câmera. Ao final,  colocamos um guindaste para podermos avançar com ele. Quando ele dança e dá essa energia, é uma celebração. É uma cena de dança que não é realizada da mesma maneira que a cena do começo do filme.”

Mas e você? O que você achou do depoimento de Lawrence Sher sobre as filmagens de Joker? Sabe mais algo sobre as gravações do filme? Comente! 😀
Redação

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