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Estudo aponta que o streaming mudará o investimento em séries

A Variety fez uma previsão para os níveis de investimento entre empresas de mídia

De acordo com um estudo da Variety, as principais empresas de mídia do mundo devem alterar a forma como investem em serviços de streaming e em séries. Ao final da década de 2010, a Netflix alterou a forma de produção para programas para a televisão tanto em distribuição, quanto em orçamento. Antes, grande parte das emissoras investiam menos recursos e criavam mais episódios por temporada com um modelo de exibição semanal.

A partir da ascensão do serviço de streaming, a Netflix passou a emprestar um novo ritmo para a indústria. Ao longo dos últimos anos, empresas de mídia passaram a entender o fenômeno para replicá-los para o próprio conteúdo. Assim, surgiram outras plataformas como Disney+, HBO Max, Prime Video e Paramount+.

No Brasil, Globo e Record também seguiram os rumos da indústria e criaram serviços de streaming próprios. Contudo, a Variety informa que a estratégia não agrada mais os investidores. Agora, as empresas precisam descobrir uma nova forma de tornar a produção de séries para o streaming em algo interessante e rentável.

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O futuro das séries para o streaming

O estudo da Variety, por outro lado, mostra que as grandes empresas de mídia não devem diminuir o investimento na produção de séries para o streaming em 2023. Contudo, o próximo ano reserva uma mudança importante na forma como as companhias distribuem os recursos. Assim, a taxa de aumento de gastos deve ser alvo de diminuição por parte das empresas.

De acordo dados da Wells Fargo, os gastos com séries para o streaming aumentaram de US$ 2,7 bilhões, em 2019, para US$ 15,6 bilhões em 2021. O número representa um acréscimo de mais de 79% em números anuais. Para 2023, a estimativa diz que as empresas devem aumentar o orçamento em U$ 17 bilhões.

Entretanto, a situação muda ao analisar o longo prazo. Até 2025, a Wells Fargo analisou que a produção para o streaming deve crescer apenas 15% ao ano. A pesquisa não considera investimento e gastos com conteúdos esportivos.

Além disso, a Netflix também colocou ao mercado um vício em gastar livremente para a produção de séries originais para o streaming. Algo que, em 2022, a empresa entendeu não ser a melhor opção como modelo de negócio. Afinal, o serviço teve as primeiras projeções pessimistas em anos.

Portanto, o levantamento da Variety indica que, no geral, os serviços de streaming devem lançar menos conteúdos originais para os próximos anos. Algumas consequências já começam a aparecer ainda em 2022. Por exemplo, a Paramount resolveu transferir a estreia do spin-off de Yellowstone do streaming para a rede a cabo.

A Warner Bros. Discovery, da mesma forma, já deu indícios de que irá priorizar a exibição pela HBO e pelos cinemas. Até agora, apenas Disney e Netflix, entre as grandes da indústria, parecem querer manter o modelo econômico atual para a distribuição e a produção de séries em streaming.

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Victor Eduardo

Victor Eduardo

Victor Eduardo é jornalista formado pela PUC do Rio Grande do Sul desde agosto de 2021! Ao todo, tem experiência em reportagem, comunicação institucional e assessoria de imprensa. Atualmente, divide o tempo de trabalho com a leitura e com a cozinha, hobby que desenvolveu durante a pandemia por Covid-19. Atua como jornalista sob o registro profissional 20810/RS.