Garotos do Bem

Garotos de Bem: Filme da Netflix é baseado em fatos reais?

Filme italiano Garotos do Bem chega à Netflix com uma trama impactante que leva a pergunta se foi baseado em uma história real. Descubra.

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Um novo filme vem chamando a atenção na Netflix. Com uma história pesada, Garotos do Bem traz assuntos sensíveis à reflexão. Lançado em 2021, o longa italiano é ambientado no ano de 1975. A trama acompanha três garotos que estudam em um colégio católico bem-conceituado somente para rapazes.

Os pais acreditam estando lá seus filhos estão protegidos das más influências que vem das ruas de Roma. Mas tudo cai por terra, quando o trio comete um crime chocante. Garotos de Bem é impactante e por isso, levanta a pergunta se o filme se baseia em uma história real. Então, entenda.

Sinopse de Garotos de Bem

O longa segue os estudantes Angelo Izzo (Luca Vergoni), Andrea Ghira (Giulio Pranno) e Gianni Guido (Francesco Cavallo). Com o intuito de atrair as adolescentes Rosaria Lopes (Federica Torchetti) e Donatella Colasanti (Benedetta Porcaroli), o trio diz que vai leva-las a uma festa. Contudo, chegando lá passam a estuprar as meninas.

Passado um tempo, Rosaria foi morta e afogada na banheira, enquanto Donatella escutava sua voz abafada. Ela sofreu violência, foi espancada e se fingiu de morta para sobreviver. Então, os adolescentes colocam as duas no porta-malas do carro, para depois desovar os corpos. Contudo, alguém escuta os apelos de Donatella e a salva.

Assista o trailer de Garotos de Bem

A história de Garotos de Bem realmente aconteceu?

Garotos do Bem é uma adaptação do livro de Edoardo Albinati que conta a história verídica que aconteceu em 1975, em Roma e que ficou conhecida na Itália como ‘Massacre de Circeo’. De fato, Andrea, Angelo e Gianni eram estudantes de uma tradicional escola católica que sequestraram e mantiveram em cárcere privado duas adolescentes. Eram elas, Rosaria Lopez era uma garçonete de 19 anos e Donatella Colasanti uma estudante de 17 anos.

Logo após chegarem ao local, Gianni sacou uma arma e trancou as meninas em um banheiro minúsculo, nuas e sem comida ou água. Então, ao longo da noite, as adolescentes foram torturadas e estupradas por Angelo e Gianni. Em 30 de setembro, Andrea Ghira se juntou a eles e continuou a tortura. Depois, nas últimas horas do mesmo dia, Rosaria morreu por afogamento na banheira. Donatella sobreviveu ao se fingir de morta.

Na época, as leis não previam punição em caso de estupro. Entendeu-se a ação apenas como um crime contra a moralidade pública. O governo italiano levou aproximadamente 20 anos para reconhecer o estupro como um crime contra uma pessoa. Dessa forma, Andrea, Angelo e Gianni receberam a condenação à prisão perpétua. Andrea morreu em 1994, quando fugia da prisão.

Angelo Izzo foi solto em 2005 por boa conduta, mas logo depois cometeu dois assassinatos. Gianni Guido recebeu a liberdade em 2009. Donatella Colasanti morreu em 30 de dezembro de 2005, aos 47 anos, em Roma, de câncer de mama.

Gabriele Lorscheiter

Gabriele Lorscheiter

Gabriele Lorscheiter, ou simplesmente Gabi, é formada em Comunicação Social, Habilitação em Jornalismo com ênfase em Gestão da Comunicação pelo Centro Universitário Metodista - IPA.