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Qual será o futuro da franquia Star Wars após Andor?

Depois da Saga Skywalker, a Lucasfilm ainda procura o melhor destino para a franquia.

Andor surgiu apenas como uma das muitas produções do universo de Star Wars. Do anúncio, em 2018, até a estreia, neste ano, a série era um projeto sem tanto apelo ao público, ao contrário de Mandalorian (2019) e Obi Wan-Kenobi (2022). Contudo, Andor superou às expectativas gerais e consolidou-se como um marco para a franquia.

Inclusive, a série elevou o nível o padrão das séries Star Wars ao construir a própria trama sem precisar se render aos fan services e às referências. Portanto, Andor apresenta um caminho que a Lucasfilm pode escolher a partir de agora para o futuro de Star Wars.

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Como Andor pavimenta o futuro de Star Wars?

Star Wars é uma franquia que se retroalimenta. Ao longo de nove filmes, espelhados por décadas e mais décadas, a trama criada por George Lucas quase não saiu do mesmo lugar. A história, portanto, centrou-se nas relações entre tirania e família Skywalker durante os anos. Além disso, a produção de Star Wars não foi capaz de criar um novo vilão que não fosse similar aos antecessores.

Palpatine (Ian McDiarmid) seguiu sendo o maior antagonista da trama mesmo após a sua morte em O Retorno de Jedi (1983). Além disso, o aprendiz de vilão da nova trilogia era um membro da família Skywalker, apesar não utilizar o sobrenome. Ben Solo (Adam Driver) era filho de Han Solo e Leia Organa, filha de Anakin e irmã de Luke.

Com Andor, o universo de Star Wars se distância da família Skywalker e dos Jedi. Por outro lado, aproxima-se ainda mais da real fonte de inspiração de George Lucas: movimentos revolucionários contra o fascismo, algo que havia sido apresentado já em Rogue One: Uma História Star Wars (2016) — para muitos o melhor filme recente da franquia. Mas, ainda melhor: Andor resgata um sentimento de que o grande vilão não é um usuário perigoso da força, mas sim um sistema de tirania e opressão.

A nova relação que Andor introduz ao universo

Contudo, Andor também foge um pouco da relação dicotômica entre bem e mal que Star Wars sempre propôs. A série de Tony Gilroy reflete os olhares para a relação de opressor e oprimido, algo que a franquia não costuma fazer.

Em Os Últimos Jedi, de 2017, Rian Johnson até tentou introduzir o início deste conceito, com as crianças escravas da Segunda Ordem. Contudo, JJ Abrams surgiu para esmagar completamente as ideias do diretor em A Ascensão Skywalker, de 2019.

Com esta abordagem, a franquia Star Wars ganha uma nova camada em relação aos personagens. Cassian Andor, ao final da série, propõe que o líder dos rebeldes, Luthen Rael (Stellan Skarsgard), mate-o ou deixe-o entrar para a Aliança. Portanto, uma relação que vai além da escolha pelo bem: é uma escolha por necessidade. Ou seja, derrotar as forças do império é uma exigência.

Assim, o universo de Star Wars expande-se para muito além dos jedi, da família Skywalker e da guerra entre o bem e o mal. Daqui para frente, a franquia pode assumir a trama revolucionário que iniciou na década de 70, mas perdeu na própria grandeza de tentar criar um universo fantástico.

Por fim, todos os episódios de Andor estão disponíveis no catálogo do Disney+. A empresa já confirmou a produção da 2ª temporada.

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Victor Eduardo

Victor Eduardo

Victor Eduardo é jornalista formado pela PUC do Rio Grande do Sul desde agosto de 2021! Ao todo, tem experiência em reportagem, comunicação institucional e assessoria de imprensa. Atualmente, divide o tempo de trabalho com a leitura e com a cozinha, hobby que desenvolveu durante a pandemia por Covid-19. Atua como jornalista sob o registro profissional 20810/RS.