Premiado filme brasileiro conta a jornada da ativista Pureza Lopes Loiola

Inspirado em fatos reais, Pureza, mostra a luta de uma mãe, que em busca do filho se depara com a triste realidade dos garimpos da Amazônia.

Inspirado em fatos reais, a produção mostra a busca da mãe pelo filho desaparecido após partir para o garimpo na Amazônia. Até onde vai o amor de uma mãe por seu filho? De fato, é impossível medir. Após a partida para o garimpo na Amazônia, Antônio Abel Lopes Loiola passa a não dar mais notícias.

Assim inicia a busca de Pureza Lopes Loiola pelo filho desaparecido. É inspirado nessa história que nasceu o longa brasileiro Pureza. Inspirado em fatos reais, o longa mostra a luta da mulher que virou ativista na luta contra a exploração e maus-tratos de trabalhadores, bem como do desmatamento.

Com direção de Renato Barbieri e roteiro de Marcus Ligocki, o filme recebeu uma gama de prêmios e chegou a concorrer ao Oscar 2021 de Melhor Filme Estrangeiro. Entre as honrarias está o Prêmio Antiescravidão, oferecido pela Anti-Slavery International, uma organização não-governamental internacional. Levou também de Melhor Filme pelo júri popular Mercosul no FAM 2020. Assim como, o Grande Prêmio do Público no Rencontres du Cinema Sud-Américain na França.

No papel de Pureza, a atriz Dira Paes brilhou em frente e atrás das câmeras, por isso garantiu a estatueta de Melhor Atriz no Inffinito Film Festival de Miami e NY. Pela mesma cerimônia o filme ganhou na categoria Técnica de Fotografia. Dira igualmente repetiu o feito no Seattle Latino Film Festival.

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Pureza retrata a realidade dos garimpos no Brasil 

A trama do longa é ambientada na cidade de Bacabal, a 246 km de São Luís, Maranhão. Ao sair em busca do filho caçula, Pureza se depara com uma triste realidade. Inesperadamente após se empregar em uma fazenda, acaba encontrando um sistema de aliciamento e cárcere de trabalhadores rurais, bem como o desmatamento da floresta.

Contudo ela consegue escapar e denunciar os fatos para as autoridades federais. Mas sem credibilidade, e lutando contra um esquema forte e perverso, ela retorna à floresta para registrar provas.

Como resultado da sua coragem acaba se transformando em um símbolo de combate ao trabalho escravo. Assim, Pureza se tornou a ativista pela sua trajetória. Aliás, exerceu papel importante para que o Brasil passasse a reconhecer, em 1995, a existência do trabalho escravo moderno.

A voz que insistiu para ser ouvida

Evangélica, Pureza alfabetizou-se aos 40 anos com o objetivo de ler a Bíblia. Apoiada pela CPT, fez contatos com o Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho no Maranhão, do Pará e Brasília.

Além disso, escreveu cartas de próprio punho para três presidentes da República: Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

Mas o único que respondeu foi Itamar. Com toda a certeza, Pureza é força e símbolo de uma luta, que até hoje infelizmente, ainda acontece nas profundezas do Brasil.

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