O filme Fiéis é baseado em fatos reais? Saiba a verdade por trás da trama

Dirigido por André van Duren, o filme holandês “Fiéis”, disponível no TOP 10 da Netflix, segue a jornada dos melhores amigos Bodil e Isabel em férias na Bélgica sem seus respectivos maridos. Depois de chegar a Ostend, Isabel parte para tratar de vários assuntos secretos, pedindo a Bodil que crie álibis falsos para ela usando seu celular por causa de seu marido suspeito, Luuk Luijten.

A vida de Bodil dá uma guinada dramática quando a polícia conclui que Isabel foi assassinada ao descobrir uma imagem de seu corpo sem vida. O filme de suspense investiga as consequências dessa revelação chocante, deixando os espectadores questionando se o filme é baseado em um crime da vida real. Vamos compartilhar tudo o que você precisa saber sobre isso!

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O filme Fiéis é baseado em fatos reais?

Não, “Fiéis” não é baseado em uma história real. Os protagonistas, Bodil e Isabel, juntamente com sua emocionante saga, são criações ficcionais de André van Duren, Paul Jan Nelissen e Elisabeth Lodeizen. A base da narrativa partiu de um pensamento que Paul Jan teve quando sua esposa embarcou em uma viagem cultural com a namorada, semelhante à viagem de Bodil e Isabel no filme.

Como roteirista, Paul começou a contemplar o potencial e as consequências de tal viagem, o que levou as três roteiristas a explorar a liberdade que as duas protagonistas alcançam ao deixar seus respectivos maridos. Duren, Paul e Elisabeth então focaram nos casos extraconjugais de Bodil e Isabel como o centro da narrativa do filme.

Os roteiristas pretendiam explorar a “traição” de uma perspectiva feminina, divergindo das representações centradas no homem comumente retratadas de casos extraconjugais. Eles imaginaram Bodil e Isabel como mulheres ambiciosas quando se trata de suas vidas emocionais e sexuais, desafiando a noção de “mulheres passivas” frequentemente vistas em filmes de gênero.

Duren estava determinado a não fornecer um “motivo” específico para Bodil, que está em um casamento feliz com seu marido Milan e seu filho, trair, enfatizando que as mulheres não precisam de um problema para serem infiéis. O filme investiga as consequências da mentira, um tema importante interligado com a exploração da “trapaça do outro lado”.

Jornada de Bodil

O filme de Duren explora as consequências das mentiras por meio do enredo de Bodil. Baseando-se na famosa citação de George Bernard Shaw, “A punição de um mentiroso não é de afinal ninguém acreditar nele, mas dele mesmo mesmo não poder acreditar em mais ninguém”, do livro ‘The Quintessence of Ibsenism’, a jornada de Bodil é construída sobre a fundação de desconfiança.

Depois de mentir para seu marido Milan sobre seus encontros casuais, Bodil começa a desconfiar de todos ao seu redor, até mesmo suspeitando que Milan seja o assassino desconhecido de sua melhor amiga Isabel. Bodil também fica paranóica e perde a confiança em seu amante casual, Michael Samuels, levando-a a fugir dele.

“Controle” é outro tema significativo no filme. Duren e a equipe de roteiristas conceberam Bodil e Isabel como mulheres que podem exercer controle sobre seus cônjuges em vez de serem controladas por eles. Eles pretendiam reescrever as convenções de gênero para retratá-los como indivíduos empoderados, evitando a representação de “vítimas assustadas”.

Mesmo quando Luuk tenta impor sua vontade a Bodil e Isabel, esta encontra maneiras de conter suas ações com sucesso. Por meio dessas mudanças, Duren criou um filme em que as mulheres não têm medo de “homens raivosos”. Para feminilizar o gênero thriller, a equipe de roteiristas alterou o amante de Isabel para uma mulher, desviando-se do conceito original de um personagem masculino. O filme mergulha profundamente nas complexidades da feminilidade, verdade e fidelidade com extrema honestidade.

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