Explicação do filme A Filha Perdida Por que Leda roubou a boneca

Explicação do filme A Filha Perdida: Por que Leda roubou a boneca?

Se você assistiu o novo sucesso da Netflix e não entendeu o fim, confira nossa explicação do filme A Filha Perdida. Listado nos lançamentos Netflix de dezembro, A Filha Perdida tem a atriz Olivia Colman como Leda, uma mulher de meia-idade que passa as férias sozinha na Itália. O descanso é interrompido por uma família barulhenta e grande, que chega na praia que Leda escolheu para descansar. O filme gira em torno do roubo de uma boneca por uma mulher chamada Leda. Mas, as razões por trás desse roubo só aprofundam os temas do filme.

VEJA TAMBÉM

Explicação do filme A Filha Perdida

Leda encontra a família italiana todos os verões, na mesma cidade, como notado por Will. Este personagem trabalha na cidade enquanto ele está de folga da escola. Embora Leda esteja irritada com sua presença no início, se recusando a se mover quando pedem sua cadeira de praia, ela toma conhecimento de uma pessoa em particular: Nina, interpretada por Dakota Johnson. Ela chama a atenção de Leda não apenas por sua beleza, mas porque ela tem uma filha jovem chamada Elena.

Quando Elena desaparece em uma tarde na praia, Leda se lembra de quando suas próprias filhas desapareceram. Apesar dessa conexão, isso não impede Leda de roubar a boneca de Elena, algo que afeta profundamente a criança e desestabiliza a família. Ainda assim, Leda mantém a boneca durante todo o filme, apesar de tem ciiencia da imensa dor que ela está causando, tanto em Elena quanto em Nina.

Por que Leda roubou a boneca?

Parece que, mesmo para Leda, suas razões para levar a boneca permanecem um mistério. Em certo momento, usando flashbacks ao longo do filme, (em que Leda é interpretada por Jessie Buckley, de Estou Pensando em Acabar com Tudo), parece que Gyllenhaal insinua que Leda teria roubado a boneca por causa de algo que ela deu para sua filha quando era mais jovem.

Quando Leda dá a boneca (chamada Mina) para sua filha, a criança desenha por toda parte, levando Leda a jogá-la pela janela, onde ela se quebra na rua. Isso parece sugerir que Leda está retomando como uma maneira de recuperar sua própria boneca perdida – mas é muito mais profundo do que isso.

Muitas das cenas do passado mostram Leda desorientada como mãe, pontuadas pelos gritos de suas filhas. De certa forma, a boneca permite que Leda seja mãe sem todas as partes ruins pelas as que ela está tão claramente traumatizada. Leda pode cuidar da boneca, consertá-la, sem ter que lidar com a boneca exigindo sua atenção ou privando coisas de sua vida.

Leda vê na boneca uma oportunidade de ser uma boa mãe

A boneca permite que Leda se sinta como uma boa mãe. Algo que ela nunca sentiu com suas próprias filhas, e algo que a personagem de Callie (Dagmara Domińczyk) sente.

A conexão que Leda sente com Nina também deve ser considerada aqui. Ao pegar a boneca, Leda está fazendo Nina sofrer e, portanto, fazendo Nina precisar de Leda de uma forma quase maternal. Dada a idade e a infamiliaridade de Nina com Leda, a personagem de Colman é capaz de fornecer a Nina apoio emocional maternal, sem o peso adicional de ser sua mãe real.

Leda precisa se sentir desejada, mas apenas em seus próprios termos, como evidenciado por seu caso com seu colega acadêmico, o Professor Hardy.

Por fim, o raciocínio de Leda para levar a boneca permanecerá incerto. Essa é a explicação do filme A Filha Perdida como um todo. Afinal, A Filha Perdida e seu final ambíguo não vêm com respostas claras.

É mais sobre as maneiras pelas quais somos atraídos a fazer algo – como a sociedade atrai as mulheres para a maternidade, quer elas queiram ou não; como o mundo une pessoas que não necessariamente pertencem juntas; e como as pessoas reagem a essas situações com intenção ou alguma necessidade primitiva que é indefinível.

Trailer A Filha Perdida

Enfim, curtiu a matéria?

Então, siga a gente no Google News. Além disso, convidamos você a nos seguir nas redes sociais Twitter, Instagram e Facebook para ficar por dentro de tudo que rola no mundo das séries e filmes.

Priscilla Kinast

Priscilla Kinast

Priscilla é redatora de web sites há cerca de 8 anos, tendo ao todo 15 anos de experiência com produção de conteúdo para a internet. Graduada em Administração de Empresas (Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre), encontrou sua verdadeira paixão na administração de websites. Devido sua experiência com redação de conteúdo, obteve registro profissional como jornalista pelo Ministério do Trabalho (Registro Profissional: 0020361/RS).

Apaixonada por séries e filmes de ficção científica, suspense psicológico, dramas e comédias.
As séries favoritas são Sense8, Black Mirror, Orphan Black e The 100. E para além das ficções, gosto também de Orange Is The New Black, How I Met You Mother, Grey's Anatomy, Breaking Bad, Anne with an E, entre outras.
Já no que se trata de filmes, os melhores em sua opinião são Interestellar, Efeito Borboleta, Matrix, A Ilha do Medo, Projeto Almanaque, Onde Está Segunda, Eu Sou a Lenda, etc.