Eu não acho que você entenda o quanto eu amo Jules”, diz Rue na abertura do episódio 2×04 de Euphoria, lançado na HBO Max nesta semana, dando início a uma brilhante montagem que vê seu relacionamento emendado nas histórias de amor mais icônicas da cultura pop — Titanic e A Bela Adormecida. “Esta pode ser a melhor coisa que já me aconteceu.”
Durante a cena, ouvimos “I’ll Be Here In The Morning”, de Townes Van Zandt, no fundo. É uma bela – e lindamente simples – melodia. O refrão é assim (traduzido): “Feche os olhos / Estarei aqui de manhã / Feche os olhos / Eu vou ficar aqui por um tempo.”
É sobre ficar perto de um ente querido, mesmo quando a vida te chama para outro lugar. Agora, pense na música que ouvimos durante o que pode ser a sequência funerária imaginada de Rue, no final do episódio. Então, as letras são sobre o oposto; saindo, indo embora, e nunca mais voltando. “Agora a maré está baixando / Eu não estou tentando esperar / Deixe-me levar.”
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Episódio 2×04 de Euphoria é um sonho assombrado de Rue
Depois do que acabamos de ver neste episódio, não vamos dar mais tempo à situação de Cassie-Nate-Maddy. O mesmo vale para o colapso do Cal. Entretanto, vamos nos concentrar em Rue, e nas duas canções que, juntas, pintam um retrato assombroso dos sonhos e pesadelos de Rue.
Cerca de 3/4 do episódio, uma Rue claramente chateada, pede a Elliot e Jules para deixá-la no acostamento da estrada. Quando Rue vai para casa, ela pega a mala de drogas, e toma alguns comprimidos dela. Então, em uma cena que lembra estranhamente a overdose de Rue, no final da primeira temporada, Rue aparentemente imagina seu próprio funeral.
Rue já morreu?
Elliot e Jules estão lá. Rue abraça o cantor, que a transporta brevemente para um abraço com seu pai, que a lembra que ela é uma boa pessoa. Provavelmente Rue não teve uma nova overdose, já que vemos uma foto passageira dela em seu quarto, abraçando o ar. Mas Rue imaginando seu próprio funeral aumenta a crença de que ela já faleceu — e que tudo o que vemos na série é apenas Rue nos levando através de seus últimos dias.
Independentemente disso, é difícil ver a dor de Rue piorar, semana após semana. Claro, esta série é sobre as drogas e a música gritante, mas seu coração batendo. Além disso, Rue é a representação física de uma dor que muitos de nós podemos relacionar. Se ela está imaginando uma conversa com seu pai, onde ele reitera sua bondade, você esperaria que isso significa que ela sabe, em algum lugar no fundo, que ela é uma boa pessoa. Mesmo que as coisas provavelmente piorem, ainda há esperança em dias melhores.
As músicas do episódio
E as duas músicas? Foi uma brilhante decisão criativa em Euphoria. Ademais, Rue, como infelizmente vimos, é suicida. O início do episódio mostra seu amor bem em frente dela: Jules. No final, durante um momento que parece assustadoramente perto de outra overdose, vemos por que Rue quer sair. Ela está cansada. O pai dela não está mais com ela.
Por fim, talvez haja uma parte dela que acredita que estará com ele do outro lado. À medida que o episódio chega ao fim, ouvimos o retorno da narração de Rue — com palavras que parecem completar sua carta de amor para Jules, no início. “Eu te amo. Eu sempre estive com você.
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