Em Ritmo de Fuga: Final Explicado do Filme

Edgar Wright é um realizador notavelmente único, cujo estilo é caracterizado por uma abordagem simples à narrativa. Ao contrário de muitos de seus contemporâneos, Wright confia pesadamente na música e em visuais impactantes para criar caracterizações e introduções de personagens, substituindo diálogos convencionais. Um de seus trabalhos mais emblemáticos que ilustra essa tendência é “Em Ritmo de Fuga”, um thriller de ação de alta octanagem, protagonizado por um piloto de fuga titular e embalado por uma trilha sonora elétrica.

“Em Ritmo de Fuga” gira em torno de seu personagem titular, que é um motorista de fuga. Baby vive com seu carinhoso pai adotivo surdo e trabalha com o inquilino Doc, um estrategista experiente que realiza assaltos a bancos e lojas. Baby se envolve nos planos de Doc com base em um incidente de sua infância. E assim, ele se torna uma parte indispensável dos assaltos, devido à sua eficiência e destreza em equilibrar velocidade com engano.

“Em Ritmo de Fuga” é, em especial, uma história de amor, que se disfarça até quase o final. Com um enredo que se desenrola em um ritmo rápido e emocionante, o filme pode parecer confuso sobre sua identidade. Mas as habilidades de Wright como diretor salvam o filme de se tornar uma bagunça infeliz, e o humor seco, característico de seu trabalho, se manifesta em ‘Em Ritmo de Fuga’ em pequenos surtos.

Final Explicado de Em Ritmo de Fuga

O final de “Em Ritmo de Fuga”, embora possa parecer bastante direto, é, na verdade, um exemplo da instintiva capacidade diretiva de Wright. Baby se rende em um bloqueio policial e, após o julgamento, ele recebe a sentença de 25 anos de prisão. Para ter a liberdade condicional, é necessário ter bom comportamento após 5 anos.

Após esse período, ele e Deborah se reencontram em uma sequência que quase parece um sonho. Este final divide o filme em duas partes: a primeira é onde Baby é parte de um mundo que não lhe pertence e da qual não quer fazer parte. A segunda é um mundo que ele quer viver com Deborah, onde ele não é espectador de violência.

“Em Ritmo de Fuga” é um testamento do poder da música e do estilo de Edgar Wright para contar uma história. A narrativa habilmente trabalhada, as performances estelares e a trilha sonora inesquecível fazem deste filme uma joia única na coroa de Wright.

A conclusão do filme e seu significado podem ser interpretados de várias maneiras, permitindo que o espectador decida o destino final de Baby. Essa recusa de Wright em impor um final unidimensional demonstra sua bravura como diretor e contador de histó

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