CRISE SEM FIM: Disney+ registra queda de assinantes pelo 2º trimestre consecutivo

Empresa também já anunciou alternativas para combater a crise

Em fevereiro de 2023, o CEO da Disney, Bob Iger, anunciou a primeira queda de assinantes da história do Disney+. Na época, os índices referiam-se aos últimos três meses de 2022. O executivo, então, revelou a perda histórica de 2.4 milhões de usuários, ao mesmo tempo em que noticiou a demissão de 7 mil funcionários para economizar um montante de 5,5 bilhões de dólares em custos.

Meses depois, em maio, Iger precisou anunciar mais um duro golpe para o Disney+. Desta vez, a empresa perdeu 4 milhões de assinantes durante os primeiros meses de 2023. O anúncio surgiu durante uma conferência sobre resultados financeiros da companhia.

De acordo com a Variety, o principal fator que impulsionou a perda de assinantes continua sendo os direitos de transmissão das partidas de críquete na Índia. Em 2022, a empresa deixou de exibir os jogos da Indian Premier League (IPL), o que causou a redução no crescimento do Disney+ Hotstar.

Mesmo produções como The Mandalorian, principal conteúdo atual de Star Wars, foram capazes de erguer a queda de assinantes do Disney+. Portanto, Bob Iger anunciou quais os próximos passos da empresa para tentar contornar a situação de crise.

Disney+ anuncia planos para tentar conter perda de assinantes

Como primeiro plano de ação, Bob Iger anunciou que o Disney+ passará a remover conteúdos da plataforma ao longo dos próximos anos. Algo que a Warner Bros. Discovery fez com o HBO Max assim que a nova gestão assumiu o controle da empresa em 2022.

“Percebemos que criamos muitos conteúdos que não colaboraram com o crescimento, por isso ficamos muito mais cirúrgicos sobre o que fazemos. Então, enquanto procuramos reduzir os gastos, tentamos fazer de uma forma que não tenha nenhum impacto para os assinantes”, explicou o Iger.

Nas palavras de Christine McCarthy, CFO da Disney, o serviço passará a remover conteúdos e diminuirá a quantidade de produções. Ao longo dos últimos anos, a companhia investiu em séries da Marvel, Star Wars e filmes em live-action para a plataforma.

Além disso, o Deadline (via Screen Rant) confirmou com Christine McCarthy as estratégias visam garantir que todos os conteúdos do Disney+ estejam alinhados com as novas diretrizes da empresa.

“Como resultado, removeremos determinados conteúdos de nossas plataformas de streaming e, atualmente, esperamos receber uma cobrança de depreciação de aproximadamente US$ 1,5 a US$ 1,8 bilhão”, respondeu ela ao Deadline.

O Disney+ ainda não revelou quais conteúdos devem deixar a plataforma. Em suma, a empresa deve anunciar em breve quais filmes e séries não estarão mais disponíveis. Portanto, títulos sem tanta audiência podem sofrer as consequências da crise da Disney.

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