Não Olhe para Cima (Dont Look Up) da Netflix pode até ser um filme de ficção / comédia, porém, não tem como negar que os temas abordados no longa-metragem podem ser vistos como se fossem de um documentário. Leonardo Di Caprio há tempos se demonstra profundamente preocupado com o planeta Terra. E ele criou uma fundação há bastante tempo, voltada ao combate do aquecimento global e às medidas ecológicas. Ademais, o ator tanto já produziu quanto narrou diversos documentários sobre a crise climática que vivemos.
Numa entrevista para o Deadline, o ator foi indagado sobre como se sentiu em fazer parte desta obra, que mostra a espécie humana se auto-aniquilando. Além disso, ele foi questionado sobre qual foi sua maior decepção no combate ao aquecimento global. DiCaprio responde:
“Tive duas grandes paixões na minha vida. Tem sido atuar, e a proteção do mundo natural e divulgado a mensagem sobre a crise climática. Tenho uma base há 20 anos. Eu tenho que ir para Glasgow. Eu tenho que ver os líderes mundiais fazerem alguns compromissos bastante substanciais, mas assim como este filme, há um relógio correndo. Acho que há um sentimento mundial de ansiedade sobre o fato de que os poderes constituídos, o setor privado, os governos, não estão fazendo a transição com rapidez suficiente. Temos literalmente uma janela de nove anos“
O ator fez uma alusão a Não olhe para Cima, e o que está ocorrendo no mundo contemporâneo.
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DiCaprio diz que em 9 anos crise climática pode acabar com o mundo
“Então, este filme certamente não está tão longe quanto à urgência do assunto. Eu acho que muito disso foi encoberto e complicado por falsos cientistas que foram contratados por empresas de petróleo desde quando a Exxon descobriu e tentou enterrar e distrair as evidências sobre os impactos de muito carbono em nossa atmosfera”.
“E houve também, você sabe, um período de tempo em que os indivíduos e os consumidores deveriam reciclar e comprar carros híbridos e fazer mudanças em suas próprias vidas, o que é incrivelmente importante. Mas quando você realmente começa a analisar essa questão, existem 100 empresas que estão produzindo 70% das emissões do mundo.”
“Existem indústrias massivas que estão poluindo nossa atmosfera, portanto, o setor privado precisa se intensificar. Nossos governos, os governos do mundo, precisam trabalhar juntos como uma espécie comunal e precisamos evoluir como espécie para enfrentar esse problema (a crise climática)”.
“E o principal é que, se você é um indivíduo, você, tem que se envolver. Você tem que votar em pessoas que se preocupam com essa questão e levam a ciência a sério. Além de que, não devemos ter líderes eleitos, em nível estadual, municipal ou nacional que não ouçam a ciência, especialmente neste país. Por população, somos per capita os maiores poluidores do mundo, e até os cientistas vêm dizendo isso há décadas.”
“Dessa forma, precisamos dar o exemplo para o resto do mundo seguir. Somos uma nação incrivelmente rica e precisamos fazer essa transição. Estamos todos cruzando os dedos para que Biden possa fazer um dos planos mais substanciais para pelo menos implementar energias renováveis em combate à crise climática. Então, vote. Vote em pessoas sãs”.
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