Crise de assinantes: qual deve ser o destino dos streamings?

Netflix, Disney+ e HBO Max anunciaram medidas recentes para conter problemas

Os serviços de streaming estão em crise. Desde 2022, múltiplas plataformas já deram declarações e anunciaram novidades para romper com os problemas atuais que o formato apresenta. Algo que se arrasta desde que a Netflix revelou a primeira perda de assinantes da história.

Em 2023, foi a vez da Disney encarar a realidade. O Disney+ viu os números de usuários diminuírem por dois trimestres consecutivos. Para contornar a situação, o CEO da empresa, Bob Iger, anunciou possíveis mudanças na forma como a companhia entende a produção de conteúdo para os streamings.

Algo similar ao que aconteceu com a HBO Max, plataforma da Warner Bros. Discovery que sofreu mudanças radicais desde que David Zaslav assumiu o posto de CEO. Três streamings, uma realidade: a crise chegou para todos. O que fazer para mudar o cenário?

Os streamings podem acabar devido à crise?

Até 2019, a maior parte dos serviços de streaming lutavam entre si. Uma guerra por assinantes que aumentou o fluxo de produção e diminuiu o preço das assinaturas como uma tentativa rápida de angariar usuários. Em 2023, a corda rompeu. Disney, Netflix e Warner Bros. Discovery já anunciaram redução de custos e métodos para frear os prejuízos dos últimos anos.

O cenário fez com que cada uma das empresas assumisse uma postura diferente em relação à crise dos streamings. E isso resultou em situações diferentes nos últimos meses. A Disney, por exemplo, foi a última vítima. O Disney+ perdeu 4,6 milhões de assinaturas nos últimos meses.

Por outro lado, a Netflix voltou a crescer em 1,75 milhões de novos usuários. A companhia segue disparada na liderança, com 232,5 de assinaturas. Ao mesmo tempo, a Warner Bros. Discovery viu o lucro dos streamings aumentar em US$ 50 milhões em relatório referente a 2022.

Com as estratégias atuais, fica nítido que os streamings não correm risco de acabar. As empresas estudam formas de manter a viabilidade das operações ao longo dos anos.

As estratégias de cada empresa

A Warner Bros. Discovery foi a empresa que mais anunciou mudanças em relação aos serviços de streaming. Em primeiro lugar, a companhia promove a unificação da HBO Max com o Discovery+ em um único serviço. Intitulado como ‘Max’, a plataforma chega ainda em 2023 para os principais mercados do mundo.

Enquanto isso, a Netflix optou por combater alguns dos principais recursos pró-consumidor. A empresa trabalha para remover o compartilhamento de senha, algo que deve impactar todos os usuários que dividem uma mesma assinatura.

Por fim, a Disney foi a última grande empresa na área dos streamings a anunciar grandes mudanças. O Disney+ passará a remover conteúdos com baixo índice de audiência. A intenção é deixar de pagar valores altos de direitos para artistas e equipes técnicas. Ao mesmo tempo, a companhia também revelou que deve diminuir a quantidade de conteúdos que produz ao longo de cada ano.

Ainda não há uma definição sobre as novas estratégias para contornar a crise dos streamings. Contudo, as empresas têm consciência de que não há o que possa ser feito para voltar aos números que encontraram no auge da pandemia por Covid-19. Portanto, novas estratégias devem aparecer ao longo dos próximos anos.

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