Em um mundo onde as imagens perfeitas da Barbie sempre dominaram, a última abordagem de Greta Gerwig no filme sobre a icônica boneca traz um frescor inesperado e necessário. A produção dirigida por Gerwig, estrelada por Margot Robbie como Barbie, leva os espectadores para além da Barbieland, confrontando o idealismo que cerca a existência da Barbie e a importância da autenticidade e do empoderamento feminino.
Uma Viagem Transformadora
No final do filme, Barbie, depois de ter passado por uma jornada intensa entre a Barbieland e o mundo real, finalmente percebe que o valor positivo que ela deveria infundir nas meninas e mulheres tem sido obscurecido por uma cultura patriarcal que tem como objetivo mantê-las em conformidade e sem a conscientização de seu potencial real.
Barbie enfrenta situações desafiadoras, ouvindo as histórias de mulheres como Gloria (America Ferrera), interagindo com os homens que comandam a Mattel, e lidando com o personagem de Ryan Gosling, Ken, que reforça a mentalidade de colocar os homens em primeiro lugar. Tais experiências causam nela uma crise existencial, fazendo com que ela entenda que não se encaixa mais na utopia da Barbieland.
A Mudança de Nome que Homenageia suas Origens
Ao final da sua jornada, Barbie toma uma decisão significativa – mudar seu nome para Barbara Handler. Esta escolha é uma homenagem à filha de Ruth Handler, criadora da Barbie. Ruth, primeira presidente da Mattel, é a responsável por dar vida à Barbie em 1959, batizando a boneca em homenagem ao apelido de sua filha.
Ruth, em um encontro emocionante com Barbie, explica não apenas o propósito da Barbie, mas a complexidade e a beleza da existência humana com todas as suas falhas e imperfeições. É nesse momento que Barbie percebe que pode ser muito mais do que um rosto bonito e um corpo perfeito. Ela entende que não só pode aspirar a ser Presidente, um cirurgião cerebral ou um astronauta, mas também, e mais importante, pode ser ela mesma.
E Sobre a Verdadeira Barbara Handler?
A verdadeira Barbara Handler, que atualmente tem 82 anos, leva uma vida tranquila longe dos holofotes. Ela tinha apenas 15 anos quando sua mãe batizou a icônica boneca da Mattel com seu nome. Apesar de não compartilhar todas as semelhanças com sua boneca, ela incorpora os princípios e o altruísmo que a Barbie representa.
Ao fim do filme, Barbie sente-se tanto filha de Ruth quanto a própria Barbara, mostrando respeito e admiração pelo seu criador e por sua prole. Com isso, ela escolhe o nome de Bárbara ao se tornar humana, uma forma de reverência e gratidão pela mulher que lhe deu origem.
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