As Tartarugas Ninja de 2023 DECEPCIONA com enredo previsível demais

O universo cinematográfico vem crescendo a passos largos, especialmente quando se trata de filmes de animação e super-heróis. Recentemente, tive a oportunidade de assistir “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante” e, embora o filme seja visualmente estimulante e empolgante, não pude deixar de notar uma sutil diferença entre ser um filme “acelerado” e “hiperativo”.

Embora seja o sétimo filme da franquia, “Caos Mutante” não deixa de ser mais uma história de origem para as Tartarugas Ninjas. O filme começa com o cientista Baxter Stockman, interpretado por Giancarlo Esposito, criando o famoso “ooze” que dá vida aos personagens mutantes. A saga das tartarugas começa quando o líquido é derramado nos esgotos e quatro tartarugas se transformam nas famosas figuras de Donatello, Michelangelo, Leonardo e Raphael.

O Mundo Subterrâneo: Vida Além dos Esgotos

Em “Caos Mutante”, as tartarugas vivem no subterrâneo sob a tutela de seu mentor e pai adotivo, Splinter, dublado por Jackie Chan. Splinter é um rato mutante que ensina as tartarugas as artes ninjas e é extremamente superprotetor.

Ele prefere que suas crianças evitem todo e qualquer contato com os seres humanos, temendo as consequências desse encontro. Essa superproteção entra em contraste com o desejo das tartarugas de ter uma vida adolescente mais normal e suas escapadas para a superfície para encontrar suprimentos.

Contrapondo-se à visão de Splinter, temos Superfly, um personagem interpretado por Ice Cube, que deseja algo mais próximo de vingança contra os seres humanos. Ele monta um grupo de mutantes, trazendo mais ação e diversão ao filme. Este grupo inclui uma variedade de personagens, como Genghis Frog, Leatherhead, Rocksteady, entre outros, interpretados por um elenco de voz talentoso.

Abaixo, confira o trailer:

Visuais Explosivos e Personagens Planos

É indiscutível que “Caos Mutante” traz visuais estonteantes que dão vida à trama. O filme incorpora diferentes estilos de animação que mantêm o espectador visualmente engajado. No entanto, esses visuais esplêndidos não conseguem compensar a falta de profundidade em seus personagens e na própria história.

Enquanto filmes como “Homem-Aranha: No Aranhaverso” e “The Mitchells vs. the Machines” são rápidos e cheios de ação, eles também são ricos em material de qualidade que requer múltiplas visualizações para ser totalmente apreciado. Em contrapartida, “Caos Mutante” parece acelerar sua narrativa não porque tem muito a oferecer, mas talvez para mascarar sua falta de substância.

“Caos Mutante” definitivamente tem seus pontos fortes, especialmente em termos visuais e de dublagem. No entanto, fica aquém quando se trata de entregar uma história rica e personagens bem desenvolvidos. Ele faz uso de sua natureza hiperativa mais como um disfarce para sua superficialidade temática do que como um meio para explorar ideias criativas. Em um mundo onde filmes de animação estão elevando o padrão cada vez mais alto, ser apenas “hiperativo” pode não ser suficiente.

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