Nesta sexta-feira (07), faleceu Sidney Poitier, o primeiro negro a ganhar o Oscar de Melhor Ator, aos 94 anos. A causa e o local da morte não foram divulgados. Em 1963, Poitier recebe o Oscar pelo seu trabalho em “Uma voz em sombras”. Ao receber a estatueta, ele afirmou que “A viagem foi longa para chegar aqui”. Abaixo, confira mais sobre a história desse talento.
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A história de Sidney Poitier, primeiro negro a ganhar o Oscar de melhor ator
Poitier nasceu de forma prematura em Miami, no estado da Flórida, em 20 de fevereiro de 1927, quando os seus pais se mudaram das Bahamas. E assim, Poitier teve a dupla nacionalidade: americana e bahamense.
Em suma, ele lutou contra a pobreza, o analfabetismo, e o preconceito. Assim, ele se tornou um dos primeiros atores negros a ser conhecido, e aceito em papéis importantes pelo grande público. Além disso, o ator é conhecido pelos filmes “Ao Mestre, com Carinho”, “Adivinhe Quem vem para Jantar” e “No Calor da Noite”, lançados em 1967.
No filme “Adivinhe Quem Vem Para Jantar”, Poitier interpreta o noivo de uma jovem burguesa branca. Ela apresenta aos seus pais, um casal de intelectuais que se acreditam ter a mente aberta. Em suma, o encontro foi um choque, e o resultado é um importante filme sobre o racismo daquela época.
Ademais, como diretor, Poitier trabalhou com o seu amigo Harry Belafonte e Bill Cosby em “Aconteceu num Sábado”, de 1974. Já em 1980, ele atuou com Richard Pryor e Gene Wilder em “Loucos de Dar Nó”.
Em 2002, Poitier, que era um dos últimos astros vivos da Era de Ouro de Hollywood, foi homenageado pela Academia. Inclusive, ele recebeu o Oscar pelo Conjunto da Obra, por sua contribuição ao cinema.
A sua última aparição no Oscar foi em 2014. Na ocasião, ele apresentou o prêmio de Melhor Diretor ao lado de Angelina Jolie. Inclusive, ele foi ovacionado de pé pelos presentes.
Em sua autobiografia “This Life”, Poitier afirma que:
“A indústria cinematográfica ainda não estava pronta para elevar mais de uma personalidade das minorias à categoria de estrela. Na época, eu encarnava as esperanças de todo um povo. Não tinha controle sobre o conteúdo dos filmes, mas podia recusar um papel, o que fiz muitas vezes.”
Por fim, Poitier foi um grande ativista pelos direitos civis, ganhando por sua atuação na causa, a Medalha Presidencial da Liberdade pelo presidente Obama, em 2009. Além disso, ele também foi o Embaixador das Bahamas no Japão, entre os anos de 1997 e 2007.
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