Série faz uma Reflexão sobre a Sobrevivência em um Mundo Pós-Apocalíptico

Ao explorar temas como sobrevivência, arte, memória e reflexões sociológicas, a série nos convida a repensar nossos próprios valores.

No final de 2021, estreou discretamente uma série que utiliza a distopia como forma de debater questões atuais e explorar os sentimentos mais profundos para revelar valores dentro de uma sociedade. Station Eleven, uma adaptação audiovisual do romance homônimo de Emily St.

John Mandel lançado em 2014, apresenta um mundo pós-apocalíptico com poucos sobreviventes, onde personagens-chave estão conectados por uma figura emblemática e uma obra de arte rara. A série, composta por 10 episódios emocionantes e inteligentes, está disponível na HBO Max. Inclusive, está no TOP 10 de produções mais assistidas no momento. Por isso, vamos te mostrar todos os detalhes sobre a série a seguir.

Uma Teia de Escolhas e Sobrevivência

Station Eleven nos apresenta uma trama complexa, com múltiplas linhas temporais, e nos apresenta Arthur Leander (Gael García Bernal), um ator famoso que está estrelando uma adaptação da peça “Rei Lear”, de William Shakespeare. No entanto, ele sofre um infarto e morre durante a apresentação.

20 anos depois, uma terrível e mortal gripe dizimou mais de 90% da população mundial, e os personagens que de alguma forma estiveram ligados a Arthur, seja estando presentes naquele dia ou fazendo parte de sua vida, precisam tomar decisões e lutar pela sobrevivência. Será que seus destinos se cruzarão?

Além da Sobrevivência: Reflexões sobre a Sociologia

A série constantemente nos apresenta conceitos sociológicos enquanto exploramos as novas formas de viver em um mundo pós-apocalíptico. Os traumas do passado recente ainda ecoam, e vemos a desconstrução das antigas formas de vida para a descoberta de um novo mundo. Um elemento importante nesse contexto é uma trupe teatral itinerante, que leva suas apresentações para diversas comunidades.

A arte e sua capacidade de nos reconectar com nossa humanidade são mencionadas implicitamente em cada explicação sobre esse grupo. Um dos personagens centrais da trama é Kirsten (Mackenzie Davis), uma jovem que era uma criança quando Arthur morreu e que fazia parte do elenco da peça “Rei Lear” estrelada por ele. Durante o início da pandemia gripal, Kirsten foi salva por Jeevan (Himesh Patel), um enfermeiro que estava na plateia naquele fatídico dia.

Lembranças do Passado e Reflexões sobre a Vida

A série também aborda a importância de lembrar-se do passado através de um aeroporto transformado em refúgio para alguns sobreviventes. Nesse local, encontramos um modesto lugar chamado “Museu da Civilização”, que abriga itens tecnológicos e analógicos que caíram em desuso devido à falta de eletricidade e outras condições adversas.

Um homem importante na vida de Arthur se torna líder desse lugar e conta com a ajuda de uma mulher próxima ao personagem central. Os personagens Tyler (Daniel Zovatto) e Miranda (Danielle Deadwyler) são metalinguisticamente disfarçados para criar uma analogia que reflete sobre criação e traumas.

Uma Experiência como um Jogo de RPG

Acompanhar Station Eleven é como estar em um tabuleiro de RPG, em que os jogadores assumem o papel de personagens imaginários em um mundo fictício. Ao analisar a série dessa perspectiva, a trama se torna menos confusa, permitindo que o espectador se envolva mais facilmente com a narrativa, colocando-se no lugar dos personagens diante de uma situação extrema, como a que enfrentam 20 anos após a quase extinção da raça humana. No entanto, surpresas ao longo do caminho e as interseções entre os personagens são as grandes sacadas criadas por Emily St. John Mandel, proporcionando momentos emocionantes ao espectador.

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