6ª temporada de Black Mirror faz essa mudança INESPERADA

Ao convidar o público a refletir sobre o cenário midiático atual, a temporada estabelece uma conexão mais forte com o presente.

A série “Black Mirror” cativou o público com suas narrativas distópicas e reflexões sobre o impacto da tecnologia na sociedade. Com o lançamento da sexta temporada em 15 de junho, fica evidente que a série está tomando uma direção completamente nova.

Esta temporada apresenta uma conexão mais forte com o presente e o passado, enquanto mantém seu senso de terror psicológico e sequências alucinantes. Neste artigo, vamos explorar como a 6ª temporada de “Black Mirror” explora questões atuais, mergulha no passado e oferece uma reviravolta revigorante à série.

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Joana é horrível reflete questões atuais

O primeiro episódio da temporada, “Joan is Awful”, começa no presente e aborda tecnologias atuais, como inteligência artificial, serviços de streaming e deep fakes avançados. Em vez de se concentrar apenas em consequências futuras da tecnologia, este episódio convida o público a refletir sobre o cenário midiático atual.

A história gira em torno de Joan (Annie Murphy), uma mulher comum cuja pior decisão da vida é transmitida em um popular serviço de streaming chamado Streamberry. O episódio satiriza como as pessoas frequentemente não leem os termos e condições, destacando como Joan essencialmente assinou sua vida enquanto a atriz Salma Hayek Pinault assinou os direitos de sua imagem para a versão Streamberry de Joan.

Com um tom cômico, o episódio brinca com o medo da vigilância e também critica indiretamente a Netflix, a própria plataforma que transmite a série. Introduzindo um “computador quântico” insondável que funciona como uma inteligência artificial avançada, escrevendo scripts e criando deep fakes em tempo real, a série reflete a atual situação dos roteiristas em greve contra estúdios que os exploram.

Além disso, o uso de cores e elementos visuais semelhantes aos da Netflix nesse episódio enfatiza a falta de humanidade nas plataformas de streaming, trazendo a história para o mundo contemporâneo em vez de um futuro distante.

6ª temporada de ‘Black Mirror’ entra no passado

Ao contrário das temporadas anteriores, que se concentravam no futuro, a sexta temporada de “Black Mirror” explora o passado de maneira proeminente. Episódios como “Além do Mar” e “Demônio 79” são ambientados no passado e se concentram mais nas complexidades da condição humana e da psique do que na tecnologia em si.

“Além do Mar” mergulha nos aspectos sombrios da tecnologia ao apresentar um dispositivo capaz de transferir a consciência de um homem para um androide na Terra, mas seu tema central é o luto e a identidade. O contexto dos anos 1960 torna o episódio ainda mais intrigante, explorando as normas patriarcais e a ideia da família nuclear que predominavam naquela época.

Essas influências contextuais tornam a mensagem por trás da obra mais interessante, ao mesmo tempo em que aprofundam a complexidade psicológica característica de “Black Mirror”. Por outro lado, os episódios “Loch Henry” e “Mazey Day” fazem alusões ao passado, em vez de serem totalmente ambientados nele. “Loch Henry” acompanha a jornada de dois cineastas que retornam à cidade onde cresceram e decidem fazer um documentário sobre um incidente do passado que assombra o local.

O episódio faz uma alfinetada na Netflix com uma piada sobre a proliferação de documentários sobre crimes reais no Streamberry, destacando a polêmica em torno da forma insensível como a Netflix trata a série “Dahmer”. Embora “Loch Henry” não adicione muito ao gênero de mistério de assassinato em si, é através das técnicas de found footage e da tecnologia do videocassete que a revelação final é feita.

Já “Mazey Day”, embora não apresente tecnologia antiga, também não contribui significativamente para o gênero de terror de fantasia. No entanto, retrata os paparazzi em busca frenética de uma celebridade desaparecida, mostrando como os fotógrafos são representados de uma maneira mais antiquada. Isso se destaca em comparação com um episódio anterior de “Black Mirror”, “White Bear”, que retratava pessoas comuns apontando seus telefones e gravando eventos.

‘Red Mirror’ é a reviravolta que ‘Black Mirror’ precisa

O episódio final, “Demon 79”, habilmente apresenta a reinvenção de “Black Mirror”. Com o novo título de “Red Mirror”, a série redefine seus parâmetros e se aventura em um gênero adjacente a “Black Mirror”. O episódio final da temporada é ambientado completamente no passado, tanto contextualmente quanto cronologicamente dentro do universo da série.

Nele, somos apresentados a Michael Smart (David Shields), um personagem que desempenhou um papel fundamental nos avanços tecnológicos e eventos ocorridos em episódios anteriores de “Black Mirror”. Essa abordagem mais retro dá à série o rejuvenescimento necessário para continuar chocando o público e mantê-lo ansioso por mais.

Embora essas histórias possam não receber o mesmo amor que os episódios anteriores, elas prometem que as futuras temporadas não se tornarão obsoletas. Ao explorar o passado e o presente, “Black Mirror” está claramente expandindo seus horizontes e transformando o espelho da tecnologia em um reflexo do mau uso e das implicações éticas para a humanidade.

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