Jogador Nº 1: O que faz deste filme uma obra a se admirar

Jogador Nº1 (Ready Player One) é um filme baseado em um livro de 2011, que conta a história de um jovem num mundo onde a tecnologia alcançou o auge da realidade virtual e as pessoas preferem viver no mundo virtual. Então, esse jovem recebe uma chance de mudar de vida fazendo aquilo que ele mais gosta: Jogar.

Em resumo é isso mas, a história vai além. A grande oportunidade que ele recebe é ao estilo “Fabrica de Chocolate”, onde ele pode virar o dono da empresa que criou o programa de Realidade Virtual. O dono original faleceu, e deixou um desafio pros milhares de jogadores na rede, em que aquele que desvendasse e encontrasse 3 chaves invisíveis, receberia tudo o que ele tinha em vida. O primeiro jogador a descobrir como pegar as chaves é o protagonista.

Mas a realidade em que tudo se passa é bem mais cruel do que aparenta. Primeiro que a ideia de um mundo múltiplo e virtual, acessível a todos, fez com que a sociedade sucumbisse ao vício de se conectar e ignorar o mundo real. Com isso, favelas se aglomeraram por toda parte, as pessoas pouco ligam pro que acontece em suas vidas reais, e por fim, todos buscam enriquecer, jogando.

No mundo virtual existe todo tipo de jogo e as pessoas sangram dinheiro. Todos começam sem nada, mas podem conseguir tudo desde que mantenham seus avatares vivos. Então, é uma guerra para conquistar posições, poder e status, além disso há a possibilidade de comprar coisas físicas com o dinheiro adquirido nos games, logo, é muito mais fácil viver jogando do que enfrentando o mundo real todo ferrado.

O grande desafio do protagonista nem é esse, pois seu objetivo é buscar pelas chaves e enriquecer, mas surgem empresas que querem o domínio do programa para tirarem as restrições e venderem coisas que o criador julgava erradas, e assim, monopolizar esse outro mundo, mas o Jogador Número Um acaba entrando no caminho deles.

Além disso, há o lado romântico da história, onde todo gamer de jogos multiplayer online acabam se deparando: Aquela avatar bonitinha por quem se apaixonar. O protagonista acaba se envolvendo e derretendo de amores por uma jogadora que ele não conhece no mundo real, isso o leva a desafiar as empresas que o perseguem já que ela era contra, mesmo sem saber como ela realmente era.

Qualquer um pode ter o avatar que quiser e isso cria uma ambientação mista de encher os olhos. O que mais há são referências a cultura Nerd, Pop e Gamer, afinal como é possível usar a aparência que quiser no mundo virtual, tem de tudo por lá. Lembra inclusive o VR-Chat, um jogo em que as pessoas logam pra conversar e interagir com outras. Você apenas pega um personagem qualquer e o usa como seu avatar, é basicamente essa a premissa do mundo em Player One e o legal é que você nem precisa entender ou conhecer as referências, pois o filme faz questão de explicar cada uma delas (quando é pertinente).

Então, o filme mostra um jogador vivendo uma era de ouro da realidade virtual, mas enfrentando os mesmos problemas que jogos multiplayer atuais nos proporcionam como empresas afim de enriquecer as nossas custas através de monetização exacerbada, jogadores querendo fama e dinheiro sem precisar se expor e o mundo real ficando de lado, com a possibilidade de fuga digital.

Enfim, o filme é bem legal, tem ótimos efeitos e uma visão de realidade Virtual bem interessante com a possibilidade de entrar na simulação, mas se manter ativo no mundo físico. É de forma prática o mais próximo do que poderemos ter um dia.

Até la, temos os VR!

Redação

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